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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O mundo representado pelos Estudos Sociais

Memórias e Educação
É certo que em todos os anos, todas as escolas acontecem os planejamentos para o ano em curso assim que inicia o ano letivo. Recebem-se os nomes dos alunos da turma, reencontros entre funcionários, entre alunos. Nós educadores recebemos uma listagem com os famosos conteúdos que deverão ser distribuídos durante os semestres. Mas está tudo tão pronto e ao mesmo fora da realidade que até assusta às vezes. Parece-me que são temas totalmente diferentes da realidade escolar que recebemos diferentes dos seus anseios, das suas necessidades. Ou talvez não. Mas a forma como chegam até nós necessitam de um olhar mais voltado do educador com essa realidade, No qual ele deve tentar encontrar a maneira mais adequada, mais próxima do aluno para que ele sinta que, além da obrigatoriedade de conhecerem alguns assuntos mesmo tão teóricos, tão distantes deles existe uma forma prazerosa de conhecer sua história, do seu município, para depois então chegarmos ao estado, país e por fim história do mundo.
Talvez assim os alunos entendam que a disciplina de estudos sociais é necessária para que saiba direcionar seus pensamentos, e responder o porquê de muitas perguntas.
No entanto percebo alguns professores ainda muito arraigados a conceitos e fórmulas tão antigas, nas quais não produzem um resultado tão bom quanto gostariam, ficando assim todos os problemas no fator indisciplinar do aluno.
Através de leituras e conceitos apresentados por diversos educadores da educação, com orientações sobre de como se trabalhar a história dentro do ensino o fundamental, nota-se já alguma sensível mudança. Mas ainda estamos longe de alcançar o verdadeiro objetivo de se aprender os “Estudos Sociais”. Porque bem como diz são os estudos da sociedade. Mas o quer dizer isso para uma criança se ela não conhecer sua própria identidade! E continuam fazendo trabalhinhos em datas comemorativas, mas que só tem significado, ou nem tem, para os professores.
Penso também que essa concepção não tem nada a ver com a idade de quem dá as aulas, mas com a necessidade que o educador sente de tentar fazer a diferença na educação. Modificar algo que já está pronto dá trabalho e precisamos modificar nossos conceitos e isso assusta, dá muito trabalho, pois à medida que se tentam mudanças devemos estar preparados para essa mudança. Mas com trabalhos realizados com projetos que visam realidades do aluno naquele ano letivo, mas que ele leve adiante, não esqueça mais de alguma data importante, mas que ele saiba a importância desta data para sua vida.
Devemos planejar visualizando a interação do aluno com o meio onde vive e vice-versa. Formando cidadãos capazes de formular seus próprios questionamentos levando-os a conquistar ou mudar seu meio social com propriedade e conhecimento, baseados na cultura antepassada. Pois um indivíduo para respeitar a si próprio deve respeitar sua Pátria. Tendo para isto que conhecer o início de sua história.
Para tal o planejamento há que ser flexível para que possamos incluir ou complementar com fatos da atualidade, sem deixar as raízes de lado.
Ao trabalhar algum conteúdo de história novo, procuro buscar para a realidade do aluno, tentando buscar exemplos, reportagens, ou acontecimentos que sejam do momento para então partir para o texto conteúdo a ser dado. Pois de alguma forma o aluno deve saber onde tudo começou. “Ou seja, planejar Estudos Sociais significa:” Não apenas se concentrar nos conteúdos como, por exemplo, descrições históricas, ou mesmo em temáticas da realidade social sem se preocupar com a aprendizagem de conceitos históricos necessários para a compreensão dessa realidade”, pois poderá correr o risco de apenas haver uma repetição de conteúdos sem uma construção de conhecimentos.
Estudos Sociais tem por objetivo fazer com que o indivíduo identifique o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações de homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do mundo, valorizando-o como instrumento para o exercício da cidadania capaz de avaliar as ações do homem nesta sociedade. O indivíduo deve ser capaz de construir referências que possibilitem uma participação no seu convívio social.
E o nosso aluno do Ensino Fundamental tem a capacidade de perceber e interagir nesta sociedade se for bem encaminhado pelos caminhos do desenvolvimento social. E é esse o papel do professor com o aluno. Interação entre professor X aluno, aluno X professor. O professor deve ter em mente que ele pode e deve ser um mediador dos conhecimentos e não o detentor de verdades, verdades essas que podem apenas suprir seus anseios, não as dos novos alunos de uma nova geração que está aqui acontecendo, e sente necessidade de muitas respostas e de mudanças. E o professor deve aproveitar as informações que o aluno traz para a sala de aula e atrelar aos conhecimentos que ele deseja passar.

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Beatriz:

Mais uma vez a questão de que as práticas devem fazer sentido foi mencionada. Justamente por ser o essencial, não é mesmo?

E bem como disseste, o importante é também o professor perceber que ele é um mediador do conhecimento. Em alguns momentos, se torna passivo (recebe conhecimento) e em outros ativo (divulga o conhecimento).

Grande abraço, Anice.