2010 ! Estamos chegando ao final!

os mais populares

domingo, 27 de setembro de 2009

Polêmica e está rendendo....

Não há como evitar fazer um comentário sobre a notícia que abalou, com certeza, a comunidade escolar. O fato do menino que pichara a escola e fora humilhado pela professora tem dividido as pessoas nas suas opiniões. Há dois pesos e duas medidas. Nós profissionais da Educação sabemos que devemos ter o controle de nossas emoções. Pois estamos na profissão para passar nossos conhecimentos, e fazer com que nossos educandos busquem através de pesquisas e questionamentos desenvolver a capacidade de se colocar como cidadãos capazes de enfrentar as situações que o meio social em que vive lhes oferece. Mas a sociedade tem se tornado muito diferente da que nós educadores fomos ou somos acostumados.
E penso que devemos nos adequar sim a essa nova sociedade que estamos recebendo em nossas escolas. Mas será que somos obrigados a ter que enfrentar situações de desrespeito e desacato todos os dias de educandos, dos quais sabem muito bem de alguns artigos da lei, mas que apenas os beneficiam? Para alguns a atitude da professora foi inconcebível. Por outro lado a atitude do aluno é crime!!!! E falo por mim, enquanto educadora e tenho a convicção de que falo por muitos colegas que embora a professora possa ter se excedido, somos totalmente a favor da sua atitude. Porque é muito fácil recriminá-la quando estamos longe da comunidade escolar. Nem os pais, tão pouco pessoas que apenas levam seus filhos para a escola, e mesmo os pais presentes na mesma desconhecem a realidade de se ter educandos tais como o menino, que vem tendo atitudes cada vez mais desumanas, de desacato total, desrespeitosas dentro da escola, com a escola. Mesmo eu, enquanto apenas professora sabia dos problemas, mas não com a intensidade que eles se apresentam. O que a instituição escolar poderá fazer por esses educandos que vem cada vez mais de famílias desestruturadas? Esse é um dos motivos pelos quais eu acredito esteja levando as crianças a terem outra visão do que seja a escola para elas. Não respeitam a instituição por já estarem acostumados com essa situação de desrespeito e desvalorização na sua família? Ou desrespeitam a instituição como uma vingança involuntária, inconsciente do tipo: “se não posso ter ou ser do jeito que eu sonharia, os outros também não”. Difícil descobrirmos. Mas em minha opinião a resposta pode estar no resgate de valores de vida digna profissionalmente, na saúde, socialmente, para então valorizarmos um dos caminhos que leva a todos esses fatores, o da Educação. O primeiro convívio social, a nossa primeira aprendizagem acontece na família. Para só depois chegarmos à escola, ou em outros convívios sociais e se essa base tão imprescindível para nossa existência não existir, seja por que motivo for, com certeza não teremos motivo algum para valorizar algo que não tem a menor relevância, segundo os nossos princípios criados no seio familiar. Ou continuaremos nessa busca incessante sem resultado positivo algum. A situação da pichação que o menino praticou na escola, quase não é ressaltada, mas a atitude da professora sim. Como queremos que as pessoas acreditem, confiem no profissional que passa a maior do tempo, muitas vezes com os filhos desses pais que sentem tanto pelo fato de que seu filho foi humilhado, mais do que os próprios pais? Ou seja, ele pode depedrar o patrimônio público que todos pagam por ele, mas não podia reparar seu erro quando solicitado. A professora pode ter se excedido, mas o erro maior fora dela realmente? Tivemos a mesma situação na escola. E esse mesmo aluno não consegue nem prometer que vai tentar modificar seu comportamento e as classes continuam a serem pichadas, paredes, armário da professora, enfim. E ele diz não ter feito, outros colegas fazem a mesma coisa, e dizem não terem sido eles. As coisas continuam da mesma forma, pois até que se pegue no flagra, não se pode fazer mais nada.
E sabem o que dizem no momento da realização dos pré-conselhos? “Que a direção tem que ser mais dura, mais exigente, chamar menos os pais, resolver as situações. Ao mesmo tempo dizem que a direção não faz nada e não dá nada quando fazem alguma coisa. Que solução existe então para esses casos. Os pais devem ser chamados sim, para junto com a escola pensem no que está acontecendo. Mas os educandos não aceitam essa interferência, por outro lado alguns responsáveis quando são chamados demonstram agressividade, temos que segurá-los para não baterem nos filhos dentro da escola, dizem não saber mais o que fazer que vão desistir etc. Está muito difícil, precisamos rever na Educação soluções mais sérias e que se adéqüem com as situações presentes nas escolas. E que os órgãos competentes governamentais tenham esse novo olhar.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Inclusão ou exclusão?

Hoje nos deparamos com mais uma situação referente à inclusão. Ela está dentro das escolas. Mas muitas dúvidas sobre o que é verdadeiramente inclusão nos deixa reflexivos. Temos alguns alunos inclusos, mas que fisicamente não necessitam de alguém específico para lhes acompanhar. Temos outros dois em cadeira de rodas, com doenças degenerativas, e uma educadora social que fica com um deles no turno da manhã e com o outro no turno da tarde. Porém hoje recebemos uma aluna também numa cadeira de rodas, que necessita de ajuda para ir ao banheiro, não consegue escrever, não pega as coisas firmemente, pois tem problemas nas mãos. Não tenho ainda apropriação de sua necessidade especial. Hoje foi o primeiro dia dela na escola. A mãe não podia ficar, conforme foi solicitado pela escola até um determinado horário, para que houvesse uma adaptação e não temos educador social para a menina. Temos que encaminhar solicitação para o órgão competente. Porém já sabemos que existem dificuldades e possivelmente não receberemos esse profissional, não pelo menos por enquanto. Fui até a sala da menina para verificar se a professora necessitava de auxílio e ela queria ir ao banheiro. Disse-lhe que eu a levaria. Mas confesso que foi uma experiência ímpar. Jamais havia passado por essa situação. As únicas pessoas que já havia levado ao banheiro e limpado seu bumbum fora dos meus filhos, mas eles são e eram perfeitos quando fiz isso, apenas porque eram pequeninos. Eu não tinha lidado com aluno que tivesse necessidades especiais. Fiquei no recreio, conversei com ela, brincamos, ela ria das coisas que eu dizia, e algumas crianças, além de algumas da sala dela, foram se aproximando e eu tentava agir e falar para eles de forma natural, porque vinham meio curiosos. Eu disse-lhes que era aluna nova, que tinham que recepcioná-la bem, principalmente porque era gremista... eles riam...e pareceu normal para eles. Mas acabou o recreio e fui para minha sala. Mas será que a professora conseguirá dar conta dessa inclusão? Ela tem mais trinta alunos. E quando ela necessitar levá-la ao banheiro? A menina não escreve. Como será? Sabemos que sempre que tiver alguém que pu7der ajudar, com certeza acontecerá. Mas a inclusão será diária. Essa professora estava preparada para receber uma inclusão dessa forma? Pergunto-me: Será que esses alunos com necessidades especiais que estão batendo às portas das escolas regulares, que ainda não estão preparadas, não acabam sendo mais excluídos de certa forma? Pois eles precisam de alguém para acompanhá-los, isso demonstra que eles são sim diferentes e tem que ser tratados diferentes. Devem estar na escola regular se houver condições apropriadas. E não se trata apenas de uma rampa, ou banheiro com barras, porta larga para a cadeira de rodas. Tem-se que modificar toda a estrutura, inclusive dando estrutura aos profissionais que recebem esses alunos. Como ela se sentirá tendo que ir no colo de alguém para participar da aula de informática que fica no andar superior da escola? Ainda existem muitas dificuldades a serem sanadas dentro das escolas e dentro de todos nós.

domingo, 13 de setembro de 2009

Sonho e realidade

A aula presencial de Libras me deixou muito encantada, me sanou muitas dúvidas. Mas ao mesmo tempo fiquei pensando na realidade de nossas escolas. Se tivermos um aluno surdo, como seria? Pois não há disponibilidade de pessoas capacitadas para suprir as necessidades nas escolas. E interessante porque não sei de nenhuma criança surda nas escolas regulares. Penso que a nova resolução de se repensar sobre a obrigatoriedade das crianças com necessidades educacionais especiais dentro das escolas regulares foi sábia. Pois cada indivíduo tem o direito de escolher em ficar onde melhor ele se sentir. Porque na verdade algumas inclusões acabavam por excluir a criança. Temos alunos que não podem participar do recreio, por exemplo, pois suas condições físicas não permitem que fiquem a mercê de eventuais problemas como cair, serem batidos por correria, com encontrões, que é muito comum entre as crianças, etc.. Acabando por se sentirem mais excluídos, uma vez que seu recreio é diferenciado. Ao passo que se estiver no meio de crianças que estejam nas mesmas condições tudo parecerá normal. Ou no mínimo mais normal. Mas voltando a surdez, mesmo que seja uma deficiência que dependa apenas de ter alguém para traduzir-lhe, ainda assim muitas dificuldades, em minha opinião, o farão ficar excluído entre o restante das crianças. Desejo deixar bem claro, que não penso que as pessoas com necessidades especiais devam ficar isoladas. Mas devem ter o direito de escolha de onde desejam realmente estar, seja profissionalmente, socialmente. Sonho e realidade ainda são duas palavras distantes uma da outra na Educação.

domingo, 6 de setembro de 2009

"DIDÁTICA MAGNA DE COPÊNIO"

Penso que se alguns dos itens relacionados no índice da "Didática Magna" fossem respeitados, colocados em prática por todos os profissionais da Educação, não apenas por alguns que ainda julgam importante certos conceitos, parte dos problemas dentro das escolas seriam amenizados ou até poderiam sumir. Talvez não sumissem, porque também existe a responsabilidade da família. Mas uma vez dentro das escolas, os alunos estão expostos e a mercê de seus nestres. E esperam algo diferente que mude suas rotinas enfadonhas e já cheias de problemas. Sonhadora? Talvez, mas é como um médico que sabe que deve fazer de tudo para salvar seu paciente e sem deixar marcas profundas que o façam inibir-se frente a vida.