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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ancestralidade e valores étnicos.

Fiquei refletindo sobre a responsabilidade das instituições. A responsabilidade que os professores estão carregando em seus ombros quanto a ter que mostrar os valores aos alunos, quando deveriam ser colocados pelos pais. Lendo então o texto “Em busca de uma ancestralidade Brasileira” de Daniel Mundurucu. Hoje após o trabalho realizado na turma, sobre PRECONCEITO, contei uma história com o título: “A Descoberta de Leila”, na qual falava de uma ovelhinha que se sentia a tal, o máximo, debochava das suas amigas ovelhas, colocava apelidos, ria o tempo todo delas, sempre colocando defeitos e falando da sua linhagem. Que ela era a melhor, a mais bonita, a mais charmosa, a que tinha família melhor, tinha o pelo mais fofo,mais branquinho... Ou seja, ela discriminava todas as suas amigas, tinha preconceito. E após a leitura da história tivemos uma longa conversa trocando ideias, e cada um relatava a sua origem, a sua família. A moral da história, depois de ela ter descoberto que também tinhas seus defeitos tais como as suas amigas,foi que ninguém é melhor de que ninguém, ela ficou arrependida,pois já estava sozinha, sem amigos. E pela fala dos alunos, e dos quais alguns deixaram claro que a maior discriminação que eles enfrentam é a da sua cor. Eles não reconhecem, ou nem conhecem nada sobre sua ancestralidade, por isso nem podem e nem conseguem defender. E ficam ofendidos por serem chamados de negros. E como cita o autor:”Educação cabe à família. Educar é incutir valores nas pessoas. E valores são atributos de pessoas, não das instituições.” Percebe-se então, que se as pessoas vivem valores, certamente os filhos viverão e assumirão o comportamento dos pais. E quando esses pais não os tem, entra a instituição escolar e que acaba por assumir o papel da família, tendo que incutir esses valores no aluno.e foi como me senti hoje ao colocar para eles o quanto temos que nos valorizar, que não importa de onde viemos, mas somos todos pessoas, cada um com seus valores e diferentes. E devemos respeitar as diferenças. Através da história contada. Foi interessante a aula de hoje, porque ouviram com muita atenção a história do livro e a história que contei sobre como nós todos chegamos a tantas etnias num Brasil que tinha apenas uma etnia,que eram os índios. Depois eles contaram a história, construindo um texto no caderno, daquilo que lembravam e desenharam a história, com as ovelhinhas.

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Beatriz:

A escolha desta história foi bem construtiva para trabalhar com o tema que querias abordar.

Ela revela diversos aspectos como a prepotência, discriminação, egoísmo e o quanto estas ações prejudicam tanto a vítima quanto o agressor.

Provável que desta forma os alunos ficaram mais empatizados do que se os conceitos fossem tratados de forma expositiva, não é mesmo?

Grande abraço, Anice.