INCERTEZAS

Acho muito difícil encontrarmos respostas para nossos questionamentos, nossas dúvidas. A única certeza que tenho é que nunca teremos certeza de nada. E são as incertezas que nos levam a questionar, mas esperamos respostas como se fossem um milagre e que o problema acabará ali com elas. Aprendi muito com os textos trabalhados nos eixos anteriores, e a partir de então comecei a questionar. Só que descobri um ponto muito importante! A resposta muitas das vezes está dentro da gente. Como por exemplo, a minha situação perante o estágio, da escola que é nova para mim embora seja no mesmo município. Foi através das incertezas e alguns medos que fiz minha escolha. Pois para cada dúvida eu procurava uma resposta, mas uma resposta apenas não satisfez, vinham várias respostas. Hoje assisti uma palestra para diretores e vice-diretores sobre liderança. Saí muito feliz por me encaixar dentro da maioria dos ítens necessários para essa função. Mas por outro lado com mais questionamerntos. E ainda tenho minhas dúvidas sobre como será meu estágio. Mas por incrível que pareça já me sinto mais tranquila, e com maior serenidade pude observar que cada escola sim tem sua realidade, assim como cada ser humano tem suas peculiariedades. O que é preciso nessa profissão são professores que sejam diferentes de algumas décadas. Pois embora nossa sociedade mudou muito e nem sei se para pior ou melhor, pois para essa nova sociedade o que ela pensa e vivencia é o correto. E ainda temos muitas vezes dentro das salas de aula professores com ideias e metodologia muito antigas que não encaixam mais com os alunos que temos. Não falo de mudar valores. Que aliás, parecem estar invertidos. Mas se o professor tem em mente que sua função é prioritária na vida de muitos jovens, talvez ainda se consiga alcançar o objetivo de formarmos cidadãos que ao menos saibam fazer escolhas. A burocracia sempre existiu, existe e sempre existirá, Mas quem sabe se ela até não nos ajuda às vezes?

CARATERÍSTICAS QUE ME DEIXARAM PENSATIVA

Comecei a repensar, após colocar a caracterização da minha turma, que tipo de escola temos? Essa escola que temos não condiz com a sociedade que atendemos. Quando perguntei para um aluno o que ele queria ser no futuro, ele falou que queria ser traficante. Dá mais dinheiro. Outro diz que quer ser Djai e que não precisa estudar para essa profissão. Um outro aluno foi parar três vezes na direção, apenas em uma tarde. Essa é a realidade da escola em que farei o estágio. Comparando com a outra que eu sempre trabalhei, vejo como as comunidades escolares são totalmente diferentes uma da outra. O que me faz pensar que as escolas não podem ser unificadas, com as mesmas burocracias, mesmas cobranças, devem ser de acordo com cada realidade. Mas por outro lado a Educação pensa em formar cidadãos igualmente. Mas esse cidadão quer isso? O que é autonomia dentro da sala ou da escola? Onde as professoras não parecem mais copreender o significado dessa palavra. Nem tão pouco o aluno.

DESAFIO!

Desde o ano de 2006, até o final do ano de 2009, trabalhei junto ao PEAD com minha escola Getúlio Vargas, porque desde 2002 até 2009 eu trabalhei 40h. Mas como avida da gente modifica! De repente me vejo em outra escola, no turno da tarde, como professora substituta. Continuo no turno da manhã como vice-diretora na escola Getúlio. Tive que tomar uma decisão muito importante em virtude dessa situação. Ou eu desistia da escola nova, para onde fui e fazia o meu estágio na minha escola antiga, ou continuava lá enfrentando muitos desafios, muitas dificuldades. A princípio pensei em desistir. Porém ao mesmo tempo tive a sensação de fracasso se optasse por essa decisão, uma vez que na minha antiga escola jé é tudo muito previsível. Pois conheço toda a rotina escolar, conheço todos os alunos, e todos me conhecem. Muitos por já terem sido meus alunos de sala de aula e a maioria hoje, por eu estar na vice-direção e temos contato diário com eles. E pensei que se as coisas tomaram esse caminho, por algum motivo devo seguí-lo. Pois a escola, a turma na qual farei meu estágio requer muita força, muito equilíbrio. É uma realidade oposta da qual eu já estava acostumada. A linguagem de alguns alunos é: "matar ou morrer". Eu terei de começar do zero. Conhecendo a turma, a escola, os professores e equipe diretiva da mesma. E já deu para sentir que não será fácil,pois todos tem sua caminhada, seus afazeres. A professora já se comprometeu a colaborar comigo. Precisarei de muito apoio dos meus tutores e professores da UFRGS, e dizer que por mais que desejemos modificar a realidade das escolas, ainda há muito o que ser mudado mas lá na base familiar, social. Bem, como eu disse antes de prestar vestibular para entrar na UFRGS, repito agora: 'MILAGRES EXISTEM"! Espero que aconteça um milagre e me ajude a passar por mais,esse desafio.