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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Reflexão

Hoje em minha escola tivemos a nossa hora de estudos, na qual podemos expor nossas angústias, nossas satisfações, enfim tudo o que se relacione com a Educação. E no final das contas percebo que não importa em qual instituição seja, é tudo igual no que diz respeito a essa chamada "Educação inclusiva". Só se fala em mudanças, mas quem deve mudar? Não sei. Chegamos a conclusão que devemos mudar nossos objetivos. Mas no entanto na hora final aparecem simplesmente os papéis, a burocracia. Neste momento o MEC não quer saber que ficamos horas a fio tentando ajudar o aluno muito mais emocionalmente do que cognitivamente. Mas ninguém faz uma prova para saber como o aluno está, e como ficou depois que passou pela escola. Só fazem uma prova que deve comprovar se o aluno está bem ou não. E se o aluno não vai bem, o culpado é o professor. O professor que muitas vezes não teve condições de transmitir, ou de trocar com o aluno conhecimentos específicos e que são cobrados mais tarde até pela própria sociedade, pela vida que tem pela frente. Não vamos longe pois nós aqui sofremos essa pressão. Os professores acabam por ter que nos cobrar coisas, situações nas quais a professora de Estudos Sociais falou na última aula presencial e concordo plenamente, e se não me falha a memória fiz até um comentário sobre essa posição. "Tudo o que aprendemos no momento poderá servir ou não, mas é bem mais adiante que realmente saberemos onde usar, o que usar e se usar aquilo que em algum dia aprendemos, pois as situações se modificam muito com o passar do tempo. Portanto já sou a favor da progressão mesmo que algum indivíduo não se encontre naquele momento sabedor das teorias, das regras de português, de matemática. Sou contra sim a progressão de alunos malandros. E assim mesmo devemos antes descobrir porque essa malandragem. Alguns têm a necessidade de repetir porque não estão maduros naquele momento para o que virá pela frente. Portanto fico sempre me perguntado, e neste trimestre muito mais da necessidade de tanto conteúdo, e de tanta cobrança, quando sabemos que a realidade de cada um é muito diferente. Revendo tudo isto me comparei com nossos alunos. Não adianta enchê-los com muitas atividades se eles não estão receptivos por alguma dificuldade qualquer. Devemos trabalhar com a realidade de cada um. É difícil? Dá mais trabalho para os professores? Sim. Mas então a fala é uma e a prática é outra dentro da Educação. Como podemos resolver os problemas dos alunos? Seja em que instituição for? Por que parece que está tudo tão errado? Onde erramos, como reverter algumas situações, quando ouvimos colegas dizendo que dão aula há 24 anos e sempre foi assim, que nada muda e nada melhora!

Um comentário:

Tutora Daisy disse...

Boa reflexão, Bia!
É importante pensar que é preciso mudar concepções desde o alto grau da hierarquia até a nossa escola sobre o que é significativo ou não. Por outro lado, temos que pensar o porquê dos alunos não serem receptivos a esse ou aquele conteúdo/disciplina: dificuldade do professor? modo de dar aula? dificuldade do aluno? recursos que faltam para complementar? conteúdo em patamar acima à etapa em que os alunos se encontram? Enfim, muitas podem ser as razões.

Mas, deixo para você uma frase que está no meu convite de formatura da Pedagogia e que acho muito boa. É do autor George Snyders: "É preciso segurar as duas pontas da corrente, revolucionar o ensino, o que implica em revolução social, e dar nossa aula amanhã cedo".
Temos que conviver e saber lidar com essas duas pontas que fazem parte da Educação, né?
Abraço