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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Alunos X PEAD


Segundo o dicionário diz-se que o indivíduo atingiu a vida adulta atingindo a maturidade integrando-se ao meio social com o controle social, intelectual e emocional e para a lei o adulto atinge a idade ao completar dezoito anos.
Para Piaget o desenvolvimento ocorre de forma que um estágio está integrado ao posterior, ou seja, o estágio em que ele se encontra, conforme as condições do referido estágio poderá ser responsável pelo desenvolvimento psicológico do estágio seguinte.
Já para Becker, o sujeito depende do meio em que vive para seu desenvolvimento psicológico, porém com sua própria individualidade. E isso me reporta ao início dos meus estudos na UFRGS, na qual tem influenciado na minha vida sim, principalmente no que diz respeito ao meu modo de rever certas situações dentro da minha sala de aula ou na minha vida pessoal. Eu dependo sim do meio em que vivo para algumas decisões em que devo tomar relacionado ao outrem ou a mim mesma. E como diz Becker, sem perder minha individualidade.
Entendi que a idade adulta de um indivíduo se dá quando sua relação social, o seu modo de agir, sua maneira de pensar, reflete a maneira como esse lida com as situações pelas quais possam aparecer em determinadas fases da vida. E não apenas por alcançar a idade cronológica determinada por lei. E percebo em que alguns momentos todos têm os momentos em que não parecemos ser adultos. Talvez porque queiramos fugir um pouco das responsabilidades, nas quais outros dependem de nós adultos.
Na idade adulta poderíamos dizer que atingimos o estágio operatório formal, na qual adquirimos a capacidade de formular hipóteses, e desligar-nos normalmente da atividade concreta para a atividade mental, sem problemas. Porém sabe-se que não apenas por se completar os dezoito anos, adquire essas características. Com o PEAD, percebi que saí um pouco daquela formalidade que obtemos ao concluir os estudos, tão imaturas, que nem percebemos o que é certo ou errado. Apenas vamos colocando o que nos foi imposto, mas sem questionamentos. Hoje já me questiono mais e deixo meus alunos questionarem também. Coisa que há algum tempo era um pouco resistente a essa técnica.
O adulto tal qual a criança e o adolescente se tornam realmente adulto interagindo, experimentando, conhecendo, descobrindo situações que o leve a crescer interiormente, psicologicamente, transformando suas hipóteses em concretas realidades, bem como o inverso.
Eu concordo com Maturana, quando se refere que “qualquer relação social depende de assumirmos a capacidade dos outros”, porque tenho sempre em mente que só posso ser melhor professora se me colocar no lugar dos meus alunos e avaliar o que eles gostariam, ou como se sentiriam em certas situações criadas.
O que mais me marca desde o início do PEAD é justamente esse fato, de me colocar no seu lugar. Estou sempre colocando para eles nossos exemplos como aluna. E eles sentem muito prazer em ouvir-me falar, pois para as crianças é como se o professor nascesse já deste tamanho que eles vêem, sabendo tudo. E os meus alunos têm prazer em ouvir as minhas histórias do PEAD. Todo professor deveria estar sempre se reciclando para estar no mesmo plano psicológico do seu aluno.

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