2010 ! Estamos chegando ao final!

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Estamos chegando ao fim ou recomeço?

Penso que estamos na reta final, no fim de mais uma jornada, mas com certeza no começo de uma outra. Estou um pouco cansada, inclusive minha aparesentação não foi a que e3u havia planejado por tanto tempo. Me preocupei com esse fato, pois ainda temos muito compromisso no ano que vem. E nesse momento pude, mais uma vez, me colocar na pele do meu aluno que trilha por um caminho sem pedras, durante o ano todo e de repente quando algo aparece no seu caminho e ele tropeça pode fazer com que fique machucado e não consiga se restabe3lecer a tempo de realizar com propriedade tudo o que aprendeu durante o tempo todo. Ficando assim prejudicado com uma simples avaliação do professor. Devemos repensar na avaliação do nosso aluno, como coloquei na minha síntese. Uma avaliação deve retomar toda a vida do aluno e procurar compreender o motivo que o levou a não estar tão bem no momento. E é assim que me sinto no momehnto, é assim que estou, e fiquei muito triste quando soube do conceito que o professor pensou em me dar, pois q1uando temos que avaliar nosso aluno, temos que levar muitas outras situações em consideração, além de um trabalho ou prova que o faça reprovar ou aprovar. O que digo sempre para os alunos, é que aluno não tem idade. Os sentimentos, as carências, as dificuldades, o interesse ou o desinteresse são os mesmos. Portanto devemos ser muito humanos para podermos avaliar alguém.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Estou com as colegas

SEMPRE VALORIZEI A QUALIDADE E NÃO QUANTIDADE E SEMPRE TEMOS QUE CORRER E FAZER TUDO A TOQUE DE CAIXA. SOMOS HUMANOS. TEMOS QUARENTA HORAS DE TRABALHO SEMANAIS. E SEM QUERER MILINDRAR NINGUÉM, É QUASE UM MILAGRE APRESENTARMOS TANTA COISA EM TÃO POUCO TEMPO TENDO CASA, MARIDO, FILHOS, TRABALHO E UMA VIDA SOCIAL QUE FAZ PARTE DA NOSSA SAÚDE. EU JÁ ME HAVIA FEITO A PERGUNTA SE QUANDO EU TERMINAR PODEREI CURTIR, APROVEITAR TODO ESSE APRENDIZADO. E QUASE OBTIVE UMA RESPOSTA NEGATIVA, QUANDO TIVE QUE FICAR AFASTADA DE TUDO E APENAS COM OS QUE REALMENTE NO FINAL DAS CONTAS É QUE PODEM ESTAR COMIGO, POIS É A LEI DO NATURAL, POR PROBLENAS DE SAÚDE. E ME PREOCUPO POIS AINDA TEMOS MAIS DOIS SEMESTRES PELA FRENTE. SERÁ QUE VALERÁ A PENA TANTO SACRIFÍCIO? JÁ ESTOU FICANDO EM DÚVIDA DEPOIS DA MINHA FRAGILIDADE NA SAÚDE. ESSES DIAS ME FIZERAM REPENSAR ALGUMAS COISAS. E SE NA SÍNTESE HOUVESSE UMA PERGUNTA NOVAMENTE, COMO JÁ HOUVE EM OUTRAS SOBRE O QUE O CURSO NODIFICOU NA MINHA VIDA PESSOAL, DIRIA QUE JÁ PERDI MUITAS COISAS. E ESPERO NÃO PERDER MAIS ATÉ TERMINÁ-LO. DESCULPEM MAS É ASSIM QUE ME SINTO NESSE MOMENTO. E SOU UMA PESSOA QUE VENHO SOFRENDO ALGUMAS AGRESSÕES SENTIMENTAIS NO QUE DIZ RESPEITO A TANTA RAZÃO QUE AS PESSOAS DÃO IMPORTÂNCIA, POIS INFELIZMENTE SOU MOV IDA PELA EMOÇÃO, MAS COM BOM SENSO.

Arquiteturas Pedagógicas

Fiquei refletindo sobre o texto Arquiteturas Pedagógicas para Ensino à Distância, e concordo com a teoria de que o conhecimento é feito de incertezas, dúvidas, pois é através delas que sentimos a necessidade de buscarmos novas alternativas para talvez, só então podermos encontrar respostas para alguns questionamentos, proporcionando outros. E a aprendizagem de forma virtual nos leva a uma aprendizagem de incertezas, que alavancará a busca para novas experiências vividas através da vivência com as novas tecnologias que nos proporcionam ambientes ricos em informações que serão transformadas em conhecimento

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

OBRIGADA GENY

Quem disse que EAD é impessoal???????? Estou com roblemas de saúde que me impossibilitaram de estar assiduamente conectada com todos. Mas espero estar melhorando e ficar em dia com minhas postagens, e dizer a quem não entende de EAD, que uma das pessoas mais importantes desse curso acaBa de me ligar para saber do meu estado e me tranquilizar. E essa pessoa maravilhosa - Professora Geny- só tem capa cidade para tal, pois os professores e tutores desse curso são tão competentes que tem a capacidade de avaliar muito bem seus alunos. Será que tudo isso acontece de verdade na faculdade presencial? Obrigada a toda equipe EAD.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

UFRGS É UFRGS!!!!!!

Lembram da postagem abaixo sobre o professor que fala de EAD? Pois é, ele continuou argumentando contra as faculdades a Distância e minha filha dessa vez argumentou dizendo que eu faço o EAD na UFRGS. Pois ele dizia que não há entrosamento, que há estranhamento entre as pessoas. Que por ser internet, e são divulgadas muitas coisas falsas, pode muito bem ser colocado de forma falsa as postagens, ou o próprio professor não estar do outro lado, e qualquer pessoa estar fazendo o seu papel. Quando ela o rebateu, dizendo que acha muito difícil acontecer isso, pois pelo que ela vê, sua mãe tem que estar lendo e tem muitos trabalhos que só dependem dela, pois não tem ninguém ali do lado para lhe explicar tudo como poderia ser numa aula presencial. E mais, ela ainda argumentou que muitas vezes nas salas de aulas presenciais, as pessoas estão tão cansadas e sem vontade de estarem ali, que nem prestam atenção e depois acabam copiando os trabalhos de qualquer jeito dos colegas. Outra coisa que ela argumentou foi da nossa proximidade, que todos nos conhecemos e que só pelo fato de eu estar afastada alguns dias, hospitalizada por motivo de doença, quando abri o meu e-mail, haviam dezenas de recados oferecendo ajuda, e compartilhando solidariedade. Foi quando ele mencionou a seguinte frase: “UFRGS é UFRGS”. Embora todos reconheçamos a qualidade da nossa universidade, esse professor não deveria menosprezar e colocar palavras sem total conhecimento de causa. Mas que chato ficou para ele, não acham? Quero aproveitar e dizer a todos que estive hospitalizada e que aos poucos estou tentando retornar as atividades, e justamente por ser a distância é que a responsabilidade aumenta. É bom estar de volta.

sábado, 7 de novembro de 2009

EAD DISCRIMINADO

Minha filha faz Faculdade de Administração e me contou que os professores tem comentado sobre a EAD. Eles argumentam que a EAD não tem o mesmo valor que a faculdade presencial. O professor é de Filosofia, e se pergunta se é direito uma pessoa concorrer em concursos, empregos e outros, apenas com um "canudinho tirado sem batalha", pois quem está na faculdade presencial batalha muito. Daí simplesmente aparece alguém "do ensino à distância...". Ela diz que o professor ainda ironizou nesta frase. Acho que esse professor desconhece, assim como tantas outras pessoas a batalha que se tem no ensino à distância. Pelo menos aqui na UFRGS. Acho que a EAD deve ser mais divulgada de forma mais consistente e séria. Acontece que algumas faculdades realmente são fáceis. Só nós sabemos o sacvrifício que tem sido cursar essa faculdade. Não tenho mais vida própria, estou cansada, e me pergunto às vezes se vale a pena tanto sacrifício. Fiquei super irritada com os comentários que ouvi. Mas também fiquei sabendo por uma colega que o MEC ao liberar os certificados, não colocará mais a caracterização EAD. Isso quer dizer que realmente esse ensino tem sido ainda muito discriminado. É muito triste tanta ignorância num mundo tão avançado em tecnologia.

domingo, 1 de novembro de 2009

Reletindo o filme GAROTO SELVAGEM

Os textos, bem como o filme, deixam evidente a discriminação que havia com as pessoas que apresentavam alguma necessidade especial. E pode-se afirmar que há bem pouco tempo começa ocorrer certa modificação nas atitudes, na aceitação dos indivíduos a respeito, com discussões políticas, divulgações e leis que amparam esses indivíduos inclusive com criação de leis que as defendem.
E a comunidade surda é uma das que vem tendo essa consideração. Porém sem esquecermo-nos de que ainda há para algumas pessoas a falta de esclarecimentos sobre essa comunidade. Como por exemplo, o desconhecimento de muitos, de que nem todo surdo é mudo.
Porém já é garantido à comunidade surda maiores oportunidades dentro da sociedade, como na área de trabalho, acadêmica entre outras com a disponibilidade de profissionais e meios que propiciem a comunicação entre a comunidade surda e as pessoas da sociedade que não possuem essa deficiência.
Na verdade, penso que a comunidade surda deveria ser vista como outra cultura, já que existe uma linguagem própria. Como qualquer cultura que tem sua própria linguagem. A diferença está em apenas não usar a oralidade. Mas qualquer outra língua que o indivíduo pode aprender, a LIBRAS, seria apenas mais uma a ser aprendida por todos.
O filme me fez pensar que o menino não era considerado surdo-mudo. Ele se encontrou apenas por algum momento nessa escola, porque na verdade tentavam de todas as maneiras descobrirem seu problema.
Ficou óbvia a discriminação porque ele era diferente do padrão normal dos indivíduos, mesmos os surdos daquela escola. E naquela época ser diferente causava muita curiosidade, muito espanto e muita discriminação nas pessoas que não compreendiam o fato. Se pensarmos, a inclusão já acontece desde o século passado. Por poucos, muito sutilmente. Mas o que o Dr. Itard realizou foi exatamente a inclusão do Victor, através da sua tentativa, das suas experiências tentando sociabilizar, educar o menino na busca de resultados que comprovasse que a falta de compreensão, ou as atitudes que ele apresentava eram oriundas da falta de contato com a civilização e não uma surdez. a compreensão que ele tinha do mundo era diferente dos demais, porque sua compreensão era de acordo com a sua experiência enquanto viveu na selva. E pelo fato de não ter algum contato se quer com qualquer outro ser da sua espécie, ele apenas produzia o que havia aprendido com os animais que viveram a sua volta. Mas para a sociedade parecia mais fácil rotular. Tanto que o Dr. Pinel, por ter pacientes que apresentavam as mesmas características, foi logo diagnosticando o Victor como um deficiente mental. Por sorte Dr. Itard, mais sensível resolveu lutar de forma diferenciada, pois acreditava que com um ensino-aprendizagem poderia reverter a situação, ou as atitudes que o menino apresentava, despertando a inteligência que pudesse existir no garoto. Claro que o menino acaba sendo objeto de pesquisa, uma vez que os dois médicos eram renomados na época, tanto que o Dr. Itard recebia verba para sua experiência.
Se não fosse pela insistência do Dr. Itard, o victor teria apenas sido considerado um idiota, sem inteligência alguma, um rejeitado pela sociedade, pois os surdos eram assim vistos por ela. Como mostrara o Dr. Pinel, através da sua atitude de rotulá-lo como tal, por achar que o garoto era surdo. Como na Idade Média, em que os surdos eram considerados estranhos, sendo privados de participarem de acontecimentos e direitos considerados normais no meio social em que vivessem como, por exemplo, receberem comunhão, heranças etc. e assim ficaria Victor, mais um discriminado dentro da sociedade.
Graças ao Dr. Itard, através de suas tentativas esplendorosas, pode comprovar que o garoto, era selvagem sim, mas porque viveu num mundo selvagem. Mas que detinha muita inteligência e sentimentos que foram despertados com muita paciência, afetividade e ensino-aprendizagem e com suas relações fisiológicas e psicológicas das quais pode observar que a inteligência deve trabalhada, para que desperte. E que a socialização é importante para que o indivíduo possa expressar sua inteligência.
A relação entre o filme e a história dos surdos, é que as pessoas diferentes são consideradas anormais. Para serem consideradas normais tem que estar todas num mesmo padrão. Chegando a serem discriminadas por suas atitudes. No entanto essa falta de conhecimento se dá pela falta de experiência ou vivência das pessoas pelas situações com pessoas que tenham alguma necessidade especial, pois tenho nos meus relacionamentos algumas pessoas com necessidades especiais, como uma amiga surda, e que para nós ela tão normal quanto ao restante do grupo.
Gostaria de ressaltar que me chamou a atenção algumas vezes como o Dr. tratava o menino, com certa severidade. Mesmo assim, ao fugir e sentir falta ele conseguiu voltar para casa, sozinho. A afetividade e sua inteligência falaram mais alto. Bem como, a força do Dr. Itard não desistir ao primeiro fracasso que encontrara na aplicação dos seus métodos ao ensinar o garoto a se civilizar.
A evolução do garoto só acontecera pois o médico acreditava na luta. Trazendo para os nossos dias atuais, será que o fracasso seria menor dentro das salas de aula se o professora acreditasse mais e não desanimasse diante de alguns fracassos que vem experimentando?
Assim poderíamos também nos perguntarmos: Se os surdos não acreditassem na sua capacidade de aprendizagem, teriam eles chegado até aqui, com uma comunidade criada junto com a construção da LIBRAS? Pois eles tiveram que se adaptar, ao longo dos séculos da humanidade, até provarem a sociedade que são tão capazes quanto qualquer sujeito da sociedade.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

PEAD ESTÁ IMPREGNADO EM MIM

Hoje levei um aluno no SETRAUMA, pois o mesmo machucou o dedo jogando bola. Óbvio que fiquei mais ou menos duas esperando até sermos atendidos. Havia uma televisão bem no alto da parede, e comecei a olhar. Chamou-me a atenção a apresentadora estar com os olhos marejados d’agua e um homem que falava e gesticulava muito. Não conseguia ouvir absolutamente nada, pois o volume estava desligado. Fiquei prestando atenção para poder entender do quer se tratava. Lia as frases que passavam no rodapé da TV, lia os lábios dos participantes e consegui entender pelo menos que se tratava de um pai que está lutando contra as drogas. Ou seja, seu filho entrou nesse mundo e ele corajosamente resolveu lutar contra esse mal, de todas as maneiras possíveis, inclusive divulgando na mídia sem se preocupar com o que todos pensariam. Bom mas além da reportagem o que me peguei pensando de repente, foi no PEAD. Fiquei pensando como os locais públicos não estão preparados, e nem se preocupam com as pessoas com necessidades especiais. Pois eu tive que fazer um esforço sobrenatural para poder entender o que se passava na TV. E com certeza esse fato deve acontecer com muitas pessoas. Pois a própria TV não passa legendas para os surdos poderem ler. Mas por outro lado também foi interessante como tive que aguçar os outros sentidos. Às vezes estamos tão acostumados a ter tudo que não valorizamos como devíamos todas as nossas capacidades. E como sempre disse, continuo a pensar e repito: As aprendizagens que obtemos no PEAD muitas vezes não conseguimos identificá-las no momento em que praticamos, mas em muitas situações que virão daqui por diante. Por isso digo que o PEAD está impregnado, pois em qualquer lugar, momento que estiver com certeza as aprendizagens que tivemos até o momento aparecerão de alguma forma.

domingo, 18 de outubro de 2009

DIFICULDADES DA MODALIDADE EJA

Nota-se que uma das maiores dificuldades dos professores de ensinar é a de lidar com a motivação dos alunos de EJA, e acredito que parte dessa dificuldade talvez aconteça por falta de credibilidade dos próprios professores de EJA encontram nessa modalidade. Pois alguns tratam os alunos sem avaliarem que há a necessidade de uma sensibilização de sua parte para entenderem que aqueles que ali estão, vieram em busca ampliarem sua capacitação para o mercado de trabalho.
E eles estão ali são justamente aqueles que já encontram dificuldades maiores, por serem das camadas mais pobres, enfrentando dificuldades de transporte, de tempo suficientemente adequado para que possam dedicar-se aos estudos.
Além do cansaço físico de terem passado um dia inteiro muitas vezes em trabalhos extremamente pesado, por isso a maior dificuldade de se depararem com colegas que vão para a EJA com objetivos muito diferentes. Pois a característica da modalidade tem demonstrado que há algum tempo a clientela era aquela que deixara de estudar para trabalhar e voltava pela necessidade que sente. Hoje a maior característica, embora não a única, é a de alunos que por vários motivos, estão saindo do turno diurno para o noturno. E dependendo da justificativa de cada um, percebe-se que a maioria está obrigada pela família, até que completem a maioridade. Enquanto esse tempo, vão além de, atrapalhando seu próprio rendimento, o rendimento de quem realmente quer estar ali.
Não podemos esquecer também das dificuldades que os profissionais encontram com o mínimo de condições para atender uma clientela tão especial nas suas necessidades, condições que vão desde material didático quanto humano. Ou seja, o despreparo para alfabetizarem adultos. O que se torna um grande desafio para empregar o mínimo de um bom desempenho.
Os próprios profissionais encontram dilemas na forma de escolarizar esses jovens e adultos. Não possuem a certeza da forma correta a aplicarem nessa modalidade. Pois ainda existem muitas dúvidas se basta apenas estar na profissão para escolarizar, ou se tem realmente há a necessidade de realizarem cursos capacitadores para que possam enfrentar os desafios metodológicos que se apresentam nas nossas salas de aula atualmente, e de acordo com a sociedade que temos hoje.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Pais e alunos apavorados

Na última quinta-feira, foi a entrega dos pareceres do II trimestre aos pais e alunos, que ao receberem pareciam levar um susto como se jamais esperassem os resultados. Fiquei muito triste em alguns momentos em ver aqueles alunos que passamos o tempo inteiro alertando-os sobre as suas defasagens, sobre suas necessidades, chorando, desesperados ao se depararem com os resultados finais obtidos.
Pergunto-me aonde é que nós, professores estamos errando? Ou será que não somos nós? Existe um culpado? Quem? Estou muito angustiada, porque por vezes penso que o professor teria que mudar suas estratégias, mas qual incentivo ele vê para tantas mudanças, tantos esforços? E o aluno, por que ele tem que mudar se não vê perspectiva dentro de uma sociedade cada vez mais capitalista, mas que de alguma forma abstrai do indivíduo a chance de ter uma vida mais digna?
O Plano Municipal de Educação está sendo revisto, novas mudanças deverão acontecer para uma Educação com maior qualidade. Mas o que deverá mudar afinal, para que aconteça essa verdadeira mudança? E que mudanças deverão acontecer?
Esses são questionamentos que venho me fazendo ultimamente diante de tantas dificuldades que os educadores e educandos estão enfrentando. E confesso que sem respostas.

domingo, 27 de setembro de 2009

Polêmica e está rendendo....

Não há como evitar fazer um comentário sobre a notícia que abalou, com certeza, a comunidade escolar. O fato do menino que pichara a escola e fora humilhado pela professora tem dividido as pessoas nas suas opiniões. Há dois pesos e duas medidas. Nós profissionais da Educação sabemos que devemos ter o controle de nossas emoções. Pois estamos na profissão para passar nossos conhecimentos, e fazer com que nossos educandos busquem através de pesquisas e questionamentos desenvolver a capacidade de se colocar como cidadãos capazes de enfrentar as situações que o meio social em que vive lhes oferece. Mas a sociedade tem se tornado muito diferente da que nós educadores fomos ou somos acostumados.
E penso que devemos nos adequar sim a essa nova sociedade que estamos recebendo em nossas escolas. Mas será que somos obrigados a ter que enfrentar situações de desrespeito e desacato todos os dias de educandos, dos quais sabem muito bem de alguns artigos da lei, mas que apenas os beneficiam? Para alguns a atitude da professora foi inconcebível. Por outro lado a atitude do aluno é crime!!!! E falo por mim, enquanto educadora e tenho a convicção de que falo por muitos colegas que embora a professora possa ter se excedido, somos totalmente a favor da sua atitude. Porque é muito fácil recriminá-la quando estamos longe da comunidade escolar. Nem os pais, tão pouco pessoas que apenas levam seus filhos para a escola, e mesmo os pais presentes na mesma desconhecem a realidade de se ter educandos tais como o menino, que vem tendo atitudes cada vez mais desumanas, de desacato total, desrespeitosas dentro da escola, com a escola. Mesmo eu, enquanto apenas professora sabia dos problemas, mas não com a intensidade que eles se apresentam. O que a instituição escolar poderá fazer por esses educandos que vem cada vez mais de famílias desestruturadas? Esse é um dos motivos pelos quais eu acredito esteja levando as crianças a terem outra visão do que seja a escola para elas. Não respeitam a instituição por já estarem acostumados com essa situação de desrespeito e desvalorização na sua família? Ou desrespeitam a instituição como uma vingança involuntária, inconsciente do tipo: “se não posso ter ou ser do jeito que eu sonharia, os outros também não”. Difícil descobrirmos. Mas em minha opinião a resposta pode estar no resgate de valores de vida digna profissionalmente, na saúde, socialmente, para então valorizarmos um dos caminhos que leva a todos esses fatores, o da Educação. O primeiro convívio social, a nossa primeira aprendizagem acontece na família. Para só depois chegarmos à escola, ou em outros convívios sociais e se essa base tão imprescindível para nossa existência não existir, seja por que motivo for, com certeza não teremos motivo algum para valorizar algo que não tem a menor relevância, segundo os nossos princípios criados no seio familiar. Ou continuaremos nessa busca incessante sem resultado positivo algum. A situação da pichação que o menino praticou na escola, quase não é ressaltada, mas a atitude da professora sim. Como queremos que as pessoas acreditem, confiem no profissional que passa a maior do tempo, muitas vezes com os filhos desses pais que sentem tanto pelo fato de que seu filho foi humilhado, mais do que os próprios pais? Ou seja, ele pode depedrar o patrimônio público que todos pagam por ele, mas não podia reparar seu erro quando solicitado. A professora pode ter se excedido, mas o erro maior fora dela realmente? Tivemos a mesma situação na escola. E esse mesmo aluno não consegue nem prometer que vai tentar modificar seu comportamento e as classes continuam a serem pichadas, paredes, armário da professora, enfim. E ele diz não ter feito, outros colegas fazem a mesma coisa, e dizem não terem sido eles. As coisas continuam da mesma forma, pois até que se pegue no flagra, não se pode fazer mais nada.
E sabem o que dizem no momento da realização dos pré-conselhos? “Que a direção tem que ser mais dura, mais exigente, chamar menos os pais, resolver as situações. Ao mesmo tempo dizem que a direção não faz nada e não dá nada quando fazem alguma coisa. Que solução existe então para esses casos. Os pais devem ser chamados sim, para junto com a escola pensem no que está acontecendo. Mas os educandos não aceitam essa interferência, por outro lado alguns responsáveis quando são chamados demonstram agressividade, temos que segurá-los para não baterem nos filhos dentro da escola, dizem não saber mais o que fazer que vão desistir etc. Está muito difícil, precisamos rever na Educação soluções mais sérias e que se adéqüem com as situações presentes nas escolas. E que os órgãos competentes governamentais tenham esse novo olhar.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Inclusão ou exclusão?

Hoje nos deparamos com mais uma situação referente à inclusão. Ela está dentro das escolas. Mas muitas dúvidas sobre o que é verdadeiramente inclusão nos deixa reflexivos. Temos alguns alunos inclusos, mas que fisicamente não necessitam de alguém específico para lhes acompanhar. Temos outros dois em cadeira de rodas, com doenças degenerativas, e uma educadora social que fica com um deles no turno da manhã e com o outro no turno da tarde. Porém hoje recebemos uma aluna também numa cadeira de rodas, que necessita de ajuda para ir ao banheiro, não consegue escrever, não pega as coisas firmemente, pois tem problemas nas mãos. Não tenho ainda apropriação de sua necessidade especial. Hoje foi o primeiro dia dela na escola. A mãe não podia ficar, conforme foi solicitado pela escola até um determinado horário, para que houvesse uma adaptação e não temos educador social para a menina. Temos que encaminhar solicitação para o órgão competente. Porém já sabemos que existem dificuldades e possivelmente não receberemos esse profissional, não pelo menos por enquanto. Fui até a sala da menina para verificar se a professora necessitava de auxílio e ela queria ir ao banheiro. Disse-lhe que eu a levaria. Mas confesso que foi uma experiência ímpar. Jamais havia passado por essa situação. As únicas pessoas que já havia levado ao banheiro e limpado seu bumbum fora dos meus filhos, mas eles são e eram perfeitos quando fiz isso, apenas porque eram pequeninos. Eu não tinha lidado com aluno que tivesse necessidades especiais. Fiquei no recreio, conversei com ela, brincamos, ela ria das coisas que eu dizia, e algumas crianças, além de algumas da sala dela, foram se aproximando e eu tentava agir e falar para eles de forma natural, porque vinham meio curiosos. Eu disse-lhes que era aluna nova, que tinham que recepcioná-la bem, principalmente porque era gremista... eles riam...e pareceu normal para eles. Mas acabou o recreio e fui para minha sala. Mas será que a professora conseguirá dar conta dessa inclusão? Ela tem mais trinta alunos. E quando ela necessitar levá-la ao banheiro? A menina não escreve. Como será? Sabemos que sempre que tiver alguém que pu7der ajudar, com certeza acontecerá. Mas a inclusão será diária. Essa professora estava preparada para receber uma inclusão dessa forma? Pergunto-me: Será que esses alunos com necessidades especiais que estão batendo às portas das escolas regulares, que ainda não estão preparadas, não acabam sendo mais excluídos de certa forma? Pois eles precisam de alguém para acompanhá-los, isso demonstra que eles são sim diferentes e tem que ser tratados diferentes. Devem estar na escola regular se houver condições apropriadas. E não se trata apenas de uma rampa, ou banheiro com barras, porta larga para a cadeira de rodas. Tem-se que modificar toda a estrutura, inclusive dando estrutura aos profissionais que recebem esses alunos. Como ela se sentirá tendo que ir no colo de alguém para participar da aula de informática que fica no andar superior da escola? Ainda existem muitas dificuldades a serem sanadas dentro das escolas e dentro de todos nós.

domingo, 13 de setembro de 2009

Sonho e realidade

A aula presencial de Libras me deixou muito encantada, me sanou muitas dúvidas. Mas ao mesmo tempo fiquei pensando na realidade de nossas escolas. Se tivermos um aluno surdo, como seria? Pois não há disponibilidade de pessoas capacitadas para suprir as necessidades nas escolas. E interessante porque não sei de nenhuma criança surda nas escolas regulares. Penso que a nova resolução de se repensar sobre a obrigatoriedade das crianças com necessidades educacionais especiais dentro das escolas regulares foi sábia. Pois cada indivíduo tem o direito de escolher em ficar onde melhor ele se sentir. Porque na verdade algumas inclusões acabavam por excluir a criança. Temos alunos que não podem participar do recreio, por exemplo, pois suas condições físicas não permitem que fiquem a mercê de eventuais problemas como cair, serem batidos por correria, com encontrões, que é muito comum entre as crianças, etc.. Acabando por se sentirem mais excluídos, uma vez que seu recreio é diferenciado. Ao passo que se estiver no meio de crianças que estejam nas mesmas condições tudo parecerá normal. Ou no mínimo mais normal. Mas voltando a surdez, mesmo que seja uma deficiência que dependa apenas de ter alguém para traduzir-lhe, ainda assim muitas dificuldades, em minha opinião, o farão ficar excluído entre o restante das crianças. Desejo deixar bem claro, que não penso que as pessoas com necessidades especiais devam ficar isoladas. Mas devem ter o direito de escolha de onde desejam realmente estar, seja profissionalmente, socialmente. Sonho e realidade ainda são duas palavras distantes uma da outra na Educação.

domingo, 6 de setembro de 2009

"DIDÁTICA MAGNA DE COPÊNIO"

Penso que se alguns dos itens relacionados no índice da "Didática Magna" fossem respeitados, colocados em prática por todos os profissionais da Educação, não apenas por alguns que ainda julgam importante certos conceitos, parte dos problemas dentro das escolas seriam amenizados ou até poderiam sumir. Talvez não sumissem, porque também existe a responsabilidade da família. Mas uma vez dentro das escolas, os alunos estão expostos e a mercê de seus nestres. E esperam algo diferente que mude suas rotinas enfadonhas e já cheias de problemas. Sonhadora? Talvez, mas é como um médico que sabe que deve fazer de tudo para salvar seu paciente e sem deixar marcas profundas que o façam inibir-se frente a vida.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Introdução à Didática

Interessante como o texto sobre o menininho tem muita relação com a nossa realidade dentro da sala de aula. E após ler me peguei pensando se muitos de nós profissionais da Educação muitas vezes não agimos como a professora da história. Ela tolhia toda a criatividade que apresentava.
Fazia com que ele reproduzisse apenas o que ela pensava ser o certo, sem se preocupar com os seus sentimentos, ou o que havia de grandioso na realização das atividades do aluno. Por isso venho repetindo ao longo desses anos, que muito embora todos na sociedade somos responsáveis de alguma forma um pelo outro, nós professores detemos um poder muito grande em nossas mãos, uma responsabilidade muito grande ao conduzir situações dentro das salas de aula, capazes de impulsionar um indivíduo para cima, fazendo com que esse cresça, busque as realizações, ou impulsioná-lo para baixo, tão baixo que ele não sinta mais forças de lutar para encontrar o caminho de volta.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

RETORNO

Bom estarmos de volta em meio a tantas espectativas, anseios de novas aprendizagens. Foi muito maravilhoso rever todos que fazem parte dessa caminhada acadêmica. Quando ouvi o professor Silvestre repetir aquela frase que já estamos mais perto do final, me deu uma sensação de saudades, de vazio até, ao pensar que quando esse curso acabar nos afastaremos aos poucos uns dos outros, que apesar de ser a distância mantém as pessoas mais próximas do que alguns cursos presenciais. Só quem faz parte dele é que sabe dimensionar essa verdade. Ontem quando falamos sobre as dúvidas e/ou certezas lembrei do primeiro eixo quando estudamos José Saramago, com a leitura"Certezas nem tão certas", e até mesmo sobre nossa caminhada acadêmica, enquanto estivermos nela haverão dúvidas e as certezas só exisitirão assim que fizerem parte do passado.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Primeira Postagem eixo VII

REVI ALGUMAS POSTAGENS E PUDE PERCEBER A DIFERENÇA QUE JÁ EXISTE NOS NOSSOS TRABALHOS DESDE O INÍCIO DO CURSO.

Espero continuar nessa batalha, crescendo a cada dia mais, aprendendo cada vez mais para que possa multiplicar meus aprendizados com todos que a minha volta estiverem. Esse curso tem sido como um maestro a nos conduzir pela vida profissional com muito carinho. Já estamos mais perto de um final que nos pareceu tão distante, tão cheio de dificuldades. Não que não as tenhamos ainda. Mas hoje as enfrentamos com mais tranquilidade, maior segurança.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

AVALIAÇÃO FINAL

Incrível,como eu tinha tudo planejado sobre a minha apresentação e de repente o estado nervoso começou a tomar conta de mim de tal forma a ponto de transformar to o planejamento estruturado mentalmente.
Mais uma vez tive a comprovação de que devemos ter o cuidado na hora de avaliar o nosso aluno. Um aluno deve ser avaliado num todo, durante todo o seu momento de aprendizagem. Temos muitos alunos que apresentam diferenciadas formas de aprendizagem, e podem ou não ser prejudicados ao longo do seu caminho acadêmico e está nas nossas mãos o seu desenvolvimento dessa aprendizagem.

domingo, 21 de junho de 2009

Reflexão

Hoje é um desses dias em que me pergunto se tudo o que fazemos vale a pena. E por que temos que correr tanto atrás do trabalho, da saúde, da felicidade, da vida enfim? Por que não pode ser tudo tão mais simples. Fiquei sabendo de uma notícia tão triste sobre um amigo, por isso essas dúvidas me assolam de vez em quando. Será que vale a pena tanto sacrifício durante a vida, pois se muitas vezes nem podemos aproveitar do jeito que gostaríamos? Eu sempre disse que o que mais desejo na minha vida atualmente é ter muita saúde para poder concluir minha missão com dignidade. Mais um final de semestre está se aproximando. Estou preocupada,ansiosa como se fosse o primeiro. Quando isso vai passar?

domingo, 14 de junho de 2009

Refletindo "A Escola da Ponte"


Quero refletir sobre a Escola da Ponte, no que diz respeito as condições e hábitos que nós brasileiros temos sobre as escolas. abaixo segue um trecho do comentário da colega Adriana, sobre a Escola da Ponte, da qual o ex-diretor se encontrava aqui no nosso município, e fez relato sobre a mesma.

"
O professor José Pacheco fez um breve relato do histórico da Escola da Ponte, onde o insucesso dos alunos era grande, os alunos não aprendiam, a maioria tinha entre 14 e 15 anos e os adolescentes batiam nos professores.Atualmente a Escola da Ponte é uma referência de qualidade e valorização do conhecimento. O professor fez provocações aos professores dizendo:-Na Escola da Ponte os pais dirigem a escola, não têm turmas, não tem aula, não tem grade curricular... A Escola é lugar de trabalho, é um lugar onde se aprende, têm regras, direitos e deveres. Não há nada nas salas de aulas que seja realizado pelos professores. Todos os cartazes são realizados pelos alunos.Criança faz perguntas! A partir das perguntas das crianças elaboramos projetos de aprendizagem e os grupos são formados pelo interesse no assunto.Quando a criança faz perguntas o professor responde:-O que tu achas? A criança sempre tem uma hipótese para sua dúvida.A afetividade e a heterogeneidade são questões primordiais no grupo de trabalho. Eu aprendo com quem sabe outras coisas. No grupo sempre há um aluno que necessite maior atenção dos professores por apresentar alguma deficiência. As condições para o professor dar aulas são nunca estar sozinho, a aula não deve ser solitária e sim solidária! Não existe professor único para cada turma, existe um grupo de professores que mediam conhecimento a um grupo de alunos que escolhem o que vão aprender. "

Porém me pergunto, se estaríamos preparados para esse tipo de escola aqui no Brasil, onde em muitas das cidades brasileiras, o próprio professor tem de dar conta da sua condução, da manutenção da escola em que trabalha para poder dar pelo menos uma aula digna a quem deseja aprender? Antes o insucesso era visível, com alunos que não aprendiam, batiam nos professores, etc. e tal. E atualmente é uma referência de qualidade e valorização. Mas como chegaram aqui desta forma? O que fizeram para haver essa mudança? Precisamos saber. Todos nós, professores, estudantes, mantenedoras, autoridades, enfim todos relacionados à Educação desse país! Para se chegar a uma Escola da Ponte, deverá haver uma compreensão dos valores por parte tanto dos pais, quanto dos estudantes e dos próprios professores. Pois com certeza haveria muita confusão nos papéis. Num simples conselho de classe nas nossas escolas regulares e atuais, já são criadas problematizações, que infelizmente não levam a um entendimento, mas a um confronto, onde nenhuma das partes aceita e consegue entender! Que dirá uma escola onde os professores não dêem as respostas aos alunos! Com certeza os pais alegarão que o professor não quer trabalhar que a obrigação dele é ensinar, que está se negando a dar resposta para seu filhinho... E vice-versa também os professores não aceitam que seus estudantes aprendam apenas o que acham interessantes ou sintam necessidade. Como fazer isso, se acima deles há uma hierarquia cobrando um conteúdo, um currículo, avaliação... Como controlar faltas? Como deixar que o aluno pense por si só, e venha para a aula que ele desejar? E como ficam os vales que a família recebe para que seu filho esteja na escola? Acho que é uma pena, mas tantos vales de graça para as famílias manterem seus filhos na escola, não vem ajudando. Pelo contrário, vem obrigados, e por estarem na escola por obrigação não realizam seu papel de estudante, e por sua vez o professor já está as últimas, pois não agüenta mais alunos que não querem nada com nada. É uma bola de neve que cresce a cada dia. Penso que educadores e educandos estão passando por uma dificuldade de entendimento do que seja a verdadeira escola, a verdadeira Educação. A sociedade está se perdendo, perdendo seus valores. E num mundo de tanta tecnologia, tanta pobreza ao mesmo tempo. a tecnologia não combina com a realidade de noss9s estudantes. E por mais que se diga que estamos preparando nossas crianças para o futuro, sabemos bem lá no fundo que muitos deles não chegarão neste futuro do qual falamos ou pensamos. Com tantas dificuldades nossos estudantes de hoje serão como nossos antepassados que chegaram à sua maioria no ensino fundamental. a\ diferença é que eles talvez façam o ensino médio, mas que quando precisarem realmente, teriam que ter no mínimo o ensino superior. Então me pergunto como preparar escolas, professores, pais, estudantes e as nossas autoridades para uma escola do futuro melhor? Talvez parecida com a Escola da Ponte? A criança até tem seus questionamentos, mas a questão é: O adulto tem resposta para esses questionamentos?

domingo, 7 de junho de 2009

PARA REFLETIR

Li uma reportagem com o seguinte título: "No final do dia o professor está arrasado." Por quê? Segundo a entrevistada, é uma coisa que sempre gostou de fazer, mesmo que dissessem que não valia a pena, que ganhava pouco... Ela gostava de dar aulas. E gosta ainda! O problema é que estão acontecendo coisas violentas nas escolas hoje em dia. Mas prefere acreditar que é passageiro que alguém vai dar jeito! Será? Há tempos havia muito respeito muito grande pelo professor, hoje parece ter se perdido. Cada vez mais os pais delegam suas funções para a escola. Mesmo que antigamente as crianças não viessem prontas para a sala de aula, pelo menos vinham com o mínimo de respeito. Hoje parece estar com a escola o papel de ensinar as palavras mágicas como “por favor”, “com licença”, “muito obrigada”. Muitos pais acham que é obrigação do professor essa educação. Afinal, os pais trabalham tanto e ficam tanto tempo longe dos filhos? E os professores ficam muito mais tempo com eles, quatro horas! Muito mais do que algumas famílias se reúnem por dia. E daí onde ficam essas crianças no resto do dia, sem os pais ou responsáveis por elas? Já que os mesmos estão trabalhando tanto! Mas e os filhos de pais que não trabalham? São educados? Onde se perdeu então o respeito pelo professor? Os professores estão estressados, pensando até em desistir. Tem medo de enfrentar alguns alunos que enfrentam o professor sem medo, chegam mesmo a bater nos professores. Acham que não? Pois na semana passada, fiquei sabendo de uma colega que levou um tapa no rosto de um aluno de apenas oito anos. O que fazer neste momento? Bater? Claro que não. E o restante da turma, como reagiu com a situação? Está muito difícil Os professores sentem medo até de dizer não para os alunos, que podem enfrentar com agressões verbais, das quais a professora muitas das vezes não tem e nem tem como poder responder. Uma das coisas que estão acontecendo é que as comunidades estão se misturando. Numa escola onde os alunos são sempre os mesmos, desde o primeiro ano até o final do ensino fundamental, mesmo que apresentem problemas, há uma ligação forte entre aluno e escola. Há uma afetividade da qual talvez não se explique. Como pais e filhos que brigam mas sabem do amor um pelo outro. E percebi que com a entrada de alunos de comunidades diferentes os problemas aumentaram muito. E nessa reportagem pude perceber isso na fala da professora e concordo plenamente. Percebi essa diferença na minha escola também. E os problemas que tivemos neste ano, ou já no ano anterior foram e estão sendo com alunos que chegaram agora na escola. E que já vieram de outras escolas cheios de problemas, e não conseguem perceber a acolhida, a afetuosidade que a escola atual lhes quer transmitir. Os alunos estão fechados. E por mais que se tente, parecem resistir a novas mudanças. Fala-se tanto em educação com qualidade. Mas como conseguir essa qualidade, se alunos não respeitam mais seus educadores, e educadores chegam no final do dia de uma jornada de trabalho tão desesperados!

domingo, 31 de maio de 2009

CONAE/2010




A partir de abril de 2009 está acontecendo a Conferência Nacional de Educação em todo o país. Houve agora nos dias 29/30 a conferência municipal. Participei reapresentando minha escola, dentro do município de Cachoeirinha. A lá pude perceber o quanto há divergências nas opiniões e principalmente no que se refere à Educação. Cada seguimento tem um modo de pensar sobre a mesma. E cada seguimento olha para as suas necessidades, por esse motivo é com muito pesar que digo, que apesar de estarmos há décadas tentando melhorar a Educação no país, não acredito mais nessa melhora. Na verdade percebe-se um jogo político em todos os sentidos. Numa das palestras, ouvi a frase e que concordo plenamente, que é a seguinte: “Enquanto os pais estiverem preocupados em colocar toda a responsabilidade nas escolas, nos professores, dizendo que seus filhos não aprendem porque os professores não sabem ensinar”. E enquanto os professores continuarem a colocarem toda a responsabilidade do fracasso escolar em cima das famílias, estarão ambas as partes deixando de fazer o que deveria ser feito dentro da sua responsabilidade como pais e professores, pois não terão tempo para tal enquanto estiverem usando esse tempo para transferirem essa responsabilidade para outrem.” E acredito plenamente nessa teoria. Cada um deve realizar o que está dentro da sua capacidade da melhor maneira possível. Mas infelizmente nos deparamos com essas duas realidades. Pais que não agüentam seus filhos dentro de casa e professores que já não tem mais equilíbrio e motivação para continuar na sua carreira. E quem está no meio deste turbilhão? Quem é o maior prejudicado? A criança. Que por intermédio desses turbilhões mal resolvidos se tornará o futuro pai ou professor sem responsabilidades e cheios de culpas. E isso continuará por muitas gerações. Como vem já há muitas gerações. Pois há muito se ouvia que no século XXI não haveria mais professores, que as escolas estariam equipadas com a modernidade da informática, com robôs. Que a tecnologia tomaria conta do mundo. E estamos no século XXI, a informática está nas nossas escolas, talvez não em todas ainda, mas pelo menos nos centros mais urbanos, e os professores continuam aqui. Com as mesmas reivindicações de salários de acordo com sua valorização, e agora com mais reivindicações que é a valorização e respeito pelo seu profissionalismo que se perdera em algum momento dessa longa caminhada. Espera-se realmente que as conferências que acontecem por todo o país, sejam capazes de resgatar o que se perdera, não só com os profissionais da Educação, mas com toda a sociedade, que perdeu há muito tempo a dignidade pela falta de consideração dos seus governantes no que se refere a saúde, segurança e um lugar para morar.
Falou-se muito nesta conferência, das condições nas quais as Universidades Federais oferecem para o estudante trabalhador, aprovado no vestibular, mas que provavelmente não consiga permanecer dentro dessa universidade que exige que o mesmo freqüente os três turnos. Como um estudante que necessita trabalhar para ajudar sua família, ou até mesmo para manter-se com transporte, alimento etc., pode estudar nos três turnos, precisando arrumar emprego para suprir suas necessidades? Acredito que deva começar pelas universidades federais a compreensão do que seja necessário para se modificar a Educação. Talvez se começarmos pelas condições oferecidas já é um bom início.
Mas para tais mudanças acontecerem dentro da Educação ou em qualquer outro seguimento que se faz necessário, deve-se começar a mudança dentro de cada um de nós indivíduos. Deixarmos de olhar apenas para o nosso centro, como se fôssemos únicos dentro do Planeta, como se fôssemos as únicas vítimas. Quando um olhar para o outro, não para criticar, mas para solidarizar-se de verdade, não só a Educação, mas todos os outros setores terão sensíveis mudanças, e para melhor.

domingo, 24 de maio de 2009

Barbárie

Acredito que vivamos em volta de muita barbárie dentro das escolas, onde as pessoas estão cada vez mais impulsivas, duras e severas. Consigo mesmas e com os outros que as rodeiam. Porque isso acontece, uma vez que parece que todas as pessoas se encontram em iguais condições? Ou não? As condições estão dentro de cada um. Talvez por esse motivo exista essa barbárie. E em massa de certa forma também acontece quando vimos em jogos tanta violência e quando acontece em lugares que se encontram um número grande de pessoas, como aconteceu há poucos dias no rodeio em São Paulo, em que de repente a desordem, o desencontro fez com que quatro pessoas viessem a morrer. Se observarmos bem, Auschwitz se repete. As pessoas estão perdendo sua autonomia, seu autocontrole.

domingo, 17 de maio de 2009

O CLUBE DO IMPERADOR

O Clube do Imperador me fez pensar que estamos sempre resgatando alunos, tentado fazer milagres dentro das salas de aula. Porém não temos o direito de penalizar aqueles que não tem problemas e não estão ali para serem resgatados. Os alunos que apresentam seus problemas na escola não têm culpa, por outro lado, os outros também não tem culpa por terem suas famílias estruturadas. Eles estão ali para seguirem o caminho da Educação. Portanto a atitude do professor não justifica. Se tivermos a certeza de que nós, professores, estamos fazendo tudo o que podemos para o nosso aluno, devemos tomar atitudes corretas, respeitando todos. Porque de certa forma o professor desrespeitou o aluno que era comprometido. Seja por qualquer motivo devemos manter uma postura com todos. É difícil, mas nossa função é de muita responsabilidade. Assim como marcamos um aluno com situações agradáveis, marcamos a vida de um aluno com situações ruins.
Essa situação do filme me fez repensar no caso dos dois alunos que tivemos alguns problemas. Estivemos com a cruz e a espada sobre a cabeça. Se eles continuassem na escola, teríamos problemas mais sérios com professores que já não conseguiam ficar com eles em sala de aula. E do outro lado, alunos que nos perguntavam se podia sair da sala a todo instante, porque o fulano e o cicrano estavam no pátio quase sempre. Tínhamos que ficar correndo e levando-os para a sala, quando conseguíamos sem problemas. Eu mesma, um dia quando conduzia um dos alunos que relatei anteriormente, fui ameaçada por ele. Esse mesmo aluno também mandou uma professora se... Me pergunto, o que falta para esses alunos? A escola oferece informática, profissionais capacitados que estão ali para atenderem aos alunos etc. O que falta é uma família, que tenha uma profissão. Uma vida digna. Isso a escola não pode oferecer. E esse é o problema dos nossos alunos. Não são respeitados pela sociedade pelo que apresentam ser. Mas também não podemos penalizar os alunos que não tem esses problemas. Portanto, a atitude do professor, em minha opinião não foi correta. Eu sou uma professora e agora na vice-direção, que dou muitas oportunidades para os alunos, mas com limites, direitos e deveres dentro da escola. Se não gostam da vida que levam, podem e devem procurar fazer diferente, mas na verdade eles querem ser iguais a alguém que idolatram e que muitas vezes não são de boa índole. Todos tem dois caminhos a escolher. Então todos somos responsáveis pelos nossos próprios atos.

sábado, 9 de maio de 2009

CERTO OU ERRADO?

Fala-se muito em inclusão. O que é inclusão? A lei deixa bem claro que os alunos com necessidades especiais devem encontrar-se em escola regular pois eles devem ser tratados iguais a todos e todos na escola. Mas quando se fala de inclusão, fala-se de alunos clinicamente avaliados e com laudo. Mas o que me incomoda são os alunos que não tem laudo e necessitam de ajuda. Mas eles não são considerados especiais. Mas nesta semana chegamos ao extremo de termos que convidar dois alunos a se retirarem da escola e procurarem outra, porque quem sabe seria o melhor para eles. Foi muito difícil, claro que esse fato não ocorreu do dia pra noite desde o início do ano viemos enfrentando muitos problemas com eles. Um já é nosso aluo há seis anos, o outro entrou no meio do ano passado, vindo já transferido de outra escola, por ter dado um soco no diretor. Aliás, ele já havia sido transferido de outra escola para a qual ele saiu e veio pra nossa. Esse aluno é envolvido com drogas, com marginalidade, e como tratar um aluno assim dentro da escola. Perdemos as contas de quantas vezes ele foi para a direção, porque os professores mandavam, ou porque ele não ficava em sala de aula. Tentávamos de tudo, chamamos mãe várias vezes, porque o pai já é falecido num tiroteio de gang, ele respeitava apenas alguns professores, não respeitava os colegas, alguns professores ele manda se... Muito difícil. Ele já tinha ficha enviada para promotoria pública, enfrenta qualquer farda, não tem medo de ninguém, chegou a me ameaçar, segundo a guarda da nossa escola. Eu estava conduzindo até a sala e ele ficou irritado, começou a gritar comigo, dizendo que eu não era mãe dele, nem mulher dele para ficar seguindo, deu meia volta e saiu da escola, e eu avisei a guarda que ele estava saindo, só que ele voltou e eu não o vi atrás de mim. E ele entrou novamente e dizia que ia me arrebentar. Mesmo assim fazíamos de tudo, conversávamos numa boa, tentando sempre mostrar o lado bom dele, o que ele podia conseguir se fosse um líder positivo, porque ele é um líder, pena que seja negativo. Desde que ele entrou em nossa escola, algumas coisas, ou alunos modificaram seu comportamento, o outro aluno, por exemplo, que já era nosso, já tinha um comportamento mais agitado, um aluno que só respeitava algumas pessoas. Eu dei aula para ele na terceira e quarta série. Ele me respeitava muito, aliás, eu era a única pessoa que o convencia das coisas. Mas ele era agitadíssimo. Foi encaminhado para o médico, m\as a mãe não procurou ajuda. A escola faz o que pode, mas a família deve também persistir. Infelizmente isso não acontece, por vários fatores. E afora que essas famílias já têm casos de familiares presos, drogados, ou que vendem drogas ilícitas. Fica difícil a escola agir sozinha. Também não podemos obrigar os profissionais a aceitarem esse tipo de aluno. E isso aconteceu também. Foi a pior coisa que já me acontecera nestes oito de anos de profissão. Me senti muito impotente, como se não tivesse feito nada. Mas temos que pensar no restante da escola. Os professores só reclamavam, os alunos passavam as tardes inteiras fora da sala. Os professores não conseguiam segurá-los, alguns já preferiam que eles ficassem fora,pois não conseguiam dar aulas. Eu enquanto equipe diretiva fazia o que nos competia. Mas enquanto professora, sei o que era dar aula para eles, pois no ano anterior eu substituía e pela primeira vez eu não consegui dar aulas na turma onde se encontrava o aluno que veio da outra escola. Ele modificou totalmente a turma. Era sensivelmente percebido. Os guris ficaram a mercê dele, tinham medo, fazia tudo o que ele queria. As gurias ficaram apaixonadas, como se ele fosse o único guri da escola.
Bem mas voltando a esse ano ele continuava monopolizando todos. Espero de coração que esses dois alunos se adaptem nas escolas que irão,e o menino que foi da nossa escola por seis anos, me deixou muito arrasada, fiquei muito mal,chorei muito. Chorei por ver uma criança que nós praticamente vimos crescer estar se perdendo nas drogas, numa vida tão cruel. Foi a pior experiência que já tive na educação. Mas infelizmente, da maneira como está nossa sociedade, sei que não será o último. Então me pergunto se essas não são as maiores inclusões que temos? Mas como incluí-los? Eles não querem ser incluídos. Eles desejam ser incluídos apenas no mundo deles. Sabem o que o aluno que já bateu e furtou nas outras escolas, disse essa semana para a nossa bibliotecária quando elogiou o seu relógio? “Vem trabalhar comigo que consegue um monte desses...
Bom, espero que esse tipo de aluno seja revisto pelos governantes. Pois se temos que dar aulas para esse tipo de aluno, temos que ter outra realidade no que diz respeito a metodologia, estratégias, a avaliação terá que ser diferente. Pois como avaliar um aluno que não faz nada, mas ao mesmo tempo, não se pode ficar reprovando aluno, que dualidade! Como manter os alunos quatro horas dentro da escola, se não agüentam ficar nenhum período de 45 min na sala? E esse alunos na estão interessados em nada. Na escola tem sala de informática, uma ótima biblioteca, atividades extracurriculares, não sabemos mais o que oferecer. Será que algum dia terei a felicidade de ver a escola sendo valorizada pelos alunos, pelos pais? Pelos próprios profissionais?

sábado, 2 de maio de 2009

VIOLÊNCIA NA ESCOLAS

A violência nas escolas tem sido alvo das últimas notícias atualmente na televisão. Não sei se por influência da mídia, por causa da novela que está em andamento, u se está aumentando muito mesmo, o que é mais provável. Mas como controlar essa violência? Temos alguns alunos que estão nesse ritmo e ando preocupada e com medo, inclusive, do que possa acontecer até comigo. Eles não ouvem, respondem, desacatam, desafiam até a guarda municipal, brigada. Já conversamos várias e várias vezes, foram registradas inúmeras atas, pois só o que os professores fazem é reclamar. Nesta última semana, quinta-feira fez tudo isso. Foi feito outra ata. Mas esses alunos já haviam sido encaminhados para o CE, que enviou para o Conselho Tutelar. E o retorno deles foi que a escola tem autonomia para tomar a decisão que achar cabível no que se relacionar a esses alunos. A escola pode pedir que se retirem, procurando outra vaga em outra escola. Mas agora que isso é possível, vieram as controvérsias. Será que foi feito tudo por esse aluno? Até quando ficaremos agüentando esses alunos? Até acontecer alguma coisa mais séria? E os outros que virão? E os professores que reclamavam que não agüentam eles dentro da sala, colocam eles pra fora da sala. Estou muito angustiada, pois a escola quer fazer o que for correto, o que está ao seu alcance. Mas o que é correto? O que falta? O que fazer com alunos que vem de uma família com traumas, problemas muito sérios de sociabilidade, mortes bruscas, drogas, desamor.. É não tem sido fácil. E sabem de uma coisa? A professora dentro da sala de aula, só conhece o seu mundo, estar na equipe diretiva é algo, que transforma nossas mentes, nossos corações, nossas almas, nossas concepções de vida. A realidade é que cada vez mais estamos recebendo alunos como se fôssemos uma clínica médica psiquiátrica, ou um orfanato e não uma instituição da qual seria a responsável por induzir o aluno ao caminho dos conhecimentos para que ele tenha um futuro melhor. Porque da maneira que se encaminha, os professores não tem mais condições de lidar com essa classe de alunos que viemos recebendo dentro das escolas. Como vimos sobre as características principais dos estádios cognitivos, um estádio seguinte depende do anterior. É como a vida dessas crianças,que o futuro depende do passado. Mas passado que está presente diante de nossos olhos e às vezes ficamos incapacitados de poder ajudar o quanto realmente necessitam. E nos sentimos impotentes, perdedores por não saber como agir,ou se o que fizemos foi o ideal. É uma responsabilidade muito grande que a escola está assumindo no lugar das famílias. Que, aliás, estão repassando para as escolas. Quem serão os próximos responsáveis pelas crianças do futuro?

REALIDADE DURA

Como já mencionei em meus fóruns e outros, temos um aluno com Síndrome de Confins. É um aluno que dispensa muita atenção. Ele faz uma dieta de duas em duas horas, através de sonda. Ele é do primeiro ano, e temos uma funcionária que por permissão da SMED fica junto na sala com o menino fazendo o trabalho de educadora social. Ela é quem faz a dieta no aluno quando sua mãe não está. E quando a educadora falta a mãe é que ministra a dieta no aluno, mas fica outra profissional com a professora. E com essas informações já devem ter percebido que ninguém mais está apto e autorizado a fazer a dieta no menino. Eu atendi a mãe ao telefone no turno da manhã, na qual estava com outras mães na direção, pois já havia acontecido um problema bastante sério com algumas alunas, que me questionou sobre o menino que teria que faltar naquele dia, e que estava preocupada, pois ele já havia faltado dois dias anteriores e teria que faltar por mais dois dias a seguir. Eu, como sempre preocupada com a angústia da mãe e desejando ajudá-la, naquele momento disse-lhe que trouxesse que eu ficaria com ele na sala. Ok. Terminou a manhã, aliás, fatídica, nem almocei, e quando começou o turno da tarde, fui direto para uma turma na qual eu substituiria a professora que não viria. Estava tranqüila, de repente aparece a outra vice e perguntou se eu administraria a dieta no....que já estava no horário. Só não tive um derrame ou um infarto naquele momento, porque não era minha hora. Fiquei desesperada, pois só ali me caiu a ficha do que estava acontecendo. No momento em que pensei estar ajudando a mãe dizendo-lhe que trouxesse o aluno para a escola, esqueci completamente da dieta. E que eu teria a outra turma pela tarde. Esses dois fatos apagaram da minha mente completamente. Bem o meu desespero, o meu pânico foram aterrorizadores. Fiquei muito mal. Graças a Deus, consegui telefonar para a mãe para que viesse à escola e lhe expliquei o ocorrido, e que ela também já sabendo que ninguém é autorizado a alimentar o aluno, nem deveria ter ligado, na verdade agiu com um pouco de má fé. Bem apesar de ter sido resolvido essa situação, olha o risco que corremos com uma inclusão sem condições reais de atendimento. Esse aluno não pode ter quebra galho dentro da escola para ficar com ele, ele deve ter um especialista específico para ele. Ele tem muitos problemas, pode entrar em coma de repente, não pode ser batido, pois tem o local da sonda na barriga, entre outros problemas. Daí me pergunto: “que inclusão é essa?” Se não há condições reais para atender a todos, como dizer que a inclusão é obrigatória? Eu não sou contra a inclusão, mas quem inventa as leis, já passou pelos problemas que se referem as leis criadas? Onde está o preparo para os profissionais?Não é apenas com uma formação que se está preparado!!!!! Espero não passar mais por essa situação, o meu medo que essa criança morresse acabou comigo, Fiquei com muito pânico sobre essas situações e que poderão repetir-se.

domingo, 26 de abril de 2009

Estádios de Desenvolvimento Cognitivo



UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULFACULDADE DE EDUCAÇÃO
Curso de Licenciatura em Pedagogia:
Modalidade a Distância
Pólo Gravataí
Eixo VI
E-mail: bialeal8@hotmail.com

Disciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da
Psicologia II
Professor: Simone Bicca
Nome: Beatriz Leal Lopes
Data: 26/04/09

Principais características dos estágios de desenvolvimento

Para entendermos as características dos estádios de desenvolvimento de um sujeito não basta apenas sabermos os nomes específicos, bem como em que idades ocorrem cada uma das principais características, pois para Piaget as idades nas quais ocorrem as características desses estádios podem variar de acordo de um sujeito para o outro. Pode variar de acordo coma experiência anterior quer o sujeito possa ter vivenciado no meio social, podendo acelerar, retardar ou até mesmo bloquear essa manifestação. O que se pode sim constatar é a ordem regular desses estádios, independente da velocidade do seu desenvolvimento.
Primeiro Estágio – Sensório Motor: ( Do nascimento aos dois anos)
Esse estádio se caracteriza pela experiência dos sentidos ligados a ligação com o meio em que o sujeito está inserido. Pela falta da linguagem neste período a criança se comunica através das experiências imediatas, ou seja, através dos reflexos. Que vão acontecendo sucessivamente de acordo com a organização do meio. Essa inteligência é prática, o reflexo é imediato a uma experiência vivenciada. É um processo do qual o sujeito interage com o meio assimilando a representação da realidade, e ao mesmo tempo imitando as situações ao seu redor. Para tanto a característica mais importante para o desenvolvimento mental, neste estádio, é a busca visual que o sujeito deve ter aprendido antes de qualquer outro processo. À medida que ela desenvolve intelectualmente compreende que embora não veja mais o objeto a sua frente, ele existe. Essa experiência de visualizar os objetos nos primeiros meses de vida é fundamental para esse desenvolvimento passando para os estádios seguintes. Assim, pode-se até afirmar que a falta de estimulo visual nessa fase de zero a dois anos, pode ser prejudicial ao sujeito, impedindo o bom desenvolvimento das estruturas mentais. Tendo-se que observar a importância das atividades visuais a serem colocadas nesta fase.

Segundo Estádio- Pré-Operatório- (De 02 a 05/06 anos)
Neste estádio de desenvolvimento o pensamento começa a sofrer a transformação das imagens mentais, do simbolismo, na qual já conseguem expandir a capacidade de armazenamento das imagens, como maior estruturação da linguagem. Seu vocabulário aumenta notavelmente. Nesse estádio é quando o sujeito é mais aberto à aprendizagem da língua, devendo ser observado pelo adulto a sua responsabilidade ao se comunicar com a criança, porque essa comunicação poderá ter um efeito marcante no seu desenvolvimento lingüístico, haja vista, que se percebe a linguagem entre as crianças que vive no meio de uma família cuja cultura seja muito marcante no momento da comunicação lingüística, como por exemplo uma aluna de família alemã que tive no ano anterior. O modo intuitivo de aprendizagem é a característica mais acentuada nesse estádio de desenvolvimento, muito embora adorem imitar sons e experimentar palavras diferentes. Por isso quanto mais rico for o meio verbal em que a criança viva, mais provável a facilidade do seu desenvolvimento. O modo intuitivo nesse estádio traz a vantagem de que as crianças são capazes de criar suas próprias fantasias, podem fingir como, por exemplo, que seus bonecos são reais. Nessa fase as crianças possuem amigos imaginários, conversam com esses amigos, consigo mesma, na qual com essas atitudes vão experimentando a linguagem e ensinando a si próprias. É também o estádio do egocentrismo. E a criança se fecha no seu mundo, com as suas fantasias, uma vez que existe a ausência dos processos de assimilação e acomodação de um fato. A criança não é capaz de lidar com a realidade de um determinado tema. O pensamento é marcado pela intuição, pela percepção imediata dos acontecimentos a sua volta e não pela lógica. O pensamento é marcado pela irreversibilidade, fazendo com que as crianças nessa idade sintam dificuldades em perceber a natureza reversível das relações.


Terceiro Estádio – Operatório-Concreto (Dos 06 aos 11/12 anos)
Diferentemente do estádio anterior, no qual a criança era sonhadora, com pensamentos fantasiosos, o estádio das operações concretas é marcado pela compreensão das relações funcionais no meio, compreensão da reversibilidade. Abandonam o egocentrismo, sendo capazes de cooperarem com o outro, não pensando apenas nas suas próprias realizações. Suas discussões com o outro já são baseadas nos seus próprios pontos de vista. No entanto, embora no estádio anterior demonstrassem algumas capacidades, mesmo que pouca, para raciocinar de forma concreta neste estádio a criança ainda apresenta certa fragilidade que se dará apenas no estágio seguinte. É no período pré-operatório que a criança consegue construir operações lógicas de classificação, seriação, conservação de substâncias, espacial, temporal, distância. Partindo desse mundo operacional para o mundo das possibilidades a criança já está entrando no estádio seguinte.

Quarto Estádio- Operatório Formal (a partir dos 12 nos)
A partir desse estádio a criança além da capacidade de formular situações concretas imediatas, já parte para o mundo das possibilidades, do raciocínio abstrato, não precisando recorrer ao contato real. É nesta fase que busca sua própria identidade. Já pode pensar no que seja certo ou errado, pois tem a capacidade de pensar nestas duas possibilidades. Ela pode demonstrar interesses de acordo com os seus próprios valores.
Pode-se concluir, após as pontuações sobre os estádios de desenvolvimento cognitivo até então, que o desenvolvimento da criança é mais qualitativo do que quantitativo. Ou seja, o desenvolvimento do estádio seguinte dependerá do desenvolvimento que a criança apresentou no estádio anterior, não através de saltos de um estádio para o outro, m as da integração entre um e outro.

Todos Somos Responsáveis Pelas Mudanças Dentro de Qualquer Cultura


O Dilema do Antropólogo Francês

O dilema do antropólogo que chega a uma ilha para pesquisar os hábitos dos nativos da mesma, começa no momento em que é questionado por aqueles habitantes se ele seria um mensageiro de Deus? E tal pergunta se dera pelo fato de que os nativos da ilha acreditavam que todos de pele branca seriam um mensageiro de Deus.
Sua resposta se torna um dilema, pois é muito difícil ser parcial no julgamento das diferentes culturas, dos seus hábitos e costumes. Conforme Claude Lee, como se pode abstrair com sinceridade a concepção que levamos dentro de nós sobre a nossa cultura, da qual herdamos desde o nascimento? Como podemos avaliar qualquer cultura? O que nos parece estranho, pode ser muito comum para outrem. Por esse motivo o antropólogo, apesar de suas pesquisas sobre as culturas decide não interferir no modo como cada povo vive, porque é quase certo que tanto ele quanto qualquer indivíduo que avalie outros povos, avaliará com seu coração e isso intervirá no modo como os outros vivem. Ele decide então não interferir no modo de vida dos habitantes daquela ilha também. Porém o questionamento que lhe fizeram de acordo com suas crenças mexe com essa determinação que o francês possui. Se ele responder que não estará intervindo na vida daqueles habitantes que acreditam que suas crenças sejam corretas. Portanto ele decide responder que sim, que ele é um mensageiro de Deus. Porém ao mentir ele criou outra situação: “isso quer dizer que todos os homens de pele branca são mensageiros de Deus” Ou seja, em minha opinião ele interviu de alguma forma na vida daqueles habitantes. Pois a partir do momento em que os nativos continuarão a acreditar em tal crença criada por eles, poderão sim em algum tempo ter problemas com os próximos homens de pela branca que ali poderão chegar e que não tiverem a mesma consciência e a mesma fidelidade que teve o antropólogo.
A princípio do fórum, coloquei e não descarto também a possibilidade de que possa inconscientemente, ter respondido de forma positiva, pelo fato de não saber qual seria a reação daqueles habitantes caso a resposta fosse negativa.
Penso também que só pelo fato de Claude Lee se encontrar na ilha para pesquisa, de alguma forma já está interferindo naquela cultura com sua presença. Pois a partir dela já faz com que haja a preocupação daquele povo. Não há como não intervirmos em alguma cultura a partir do momento em que nos fazemos presente. Quem observa e quem é observado jamais será ou terá a mesma concepção de idéia daquilo que vivenciou.
Por mais que sua mentira parecesse inocente, ele jamais saberá se foi benéfica ou prejudicial. Mas de uma coisa eu tenho quase certeza: Não há cultura que não sofra alguma influência de outra.

Quem tem Necessidades Especiais modifica sua maneira de Viver?



Essa pessoa maravilhosa na imagem ao lado tem conseguido demonstrar uma força vital da qual muitas vezes me pergunto se eu aguentaria. Me fazendo acreditar cada vez mais que existe alggo muito maior do que a vida material. Fisicamente ela foi uma das pessoas mais lindas que já conheci. Quando mais jovem foi inclusive, miss na sua cidade. Mas a alegria de viver jamais perdera, mesmo em momentos difíceis, não deixou a doença que a levou para uma cadeira de rodas tirar essa alegria. Mas com sua família e seus amigos ao lado, e com muita fé, pois é detentora de muita fé, continuou a transmitir a todos a alegria contagiante. Para pessoas assim, mesmo com as dificuldades de inclusão a vida se torna mais amena. As dificuldades da inclusão estão nas classes mais desinformadas sobres seus direitos, as facilidades que a sociedade já pode oferecer ainda hoje. Tratarmos da inclusão é muito difícil, pois antes da inclusão por necessidades físicas, a sociedade deve estar preparada para lidar com seus sentimentos e os das outras pessoas. Parabéns cunhada, pela vitalidade e alegria constantes em tua vida.

domingo, 19 de abril de 2009

Com referência ao relato da colega Mara

Essas são as verdadeiras inclusões eu acredito, pois passamos as manhãs e as tardes inteiras resolvendo problemas de alunos que não são considerados inclusão. É o quê afinal? Não trabalham em sala de aula, contrariam o tempo inteiro, estragam o patrimônio público,incomodam colegas etc. e tal. Como chamarmos essa classe de alunos? Em que os pais já não conseguem fazer mais nada. Ou estão presos, ou doentes... Como dar aulas para esse tipo de aluno? O Jornal Nacional mostrou uma reportagem falando que as escolas devem oferecer coisas novas. Concordo. O perfil de aluno não é mais o mesmo para a escola que temos hoje. Em seguida mostraram o que um aluno dos dias de hoje faz após as aulas, na sua tarde, na qual antes ele passeava, conversava com amigos, jogava etc., e hoje só quer saber de informática, passando as tardes inteiras na frente de um computador. Porém o nível social desse aluno , era alto. E obviamente ele relatou suas conquistas, suas buscas, seus anseios dentro do padrão social e familiar que possui e aí sim há um conflito entre esse tipo de aluno e uma escola que de repente possa estar parada no tempo. Não que as escolas que tem o outro perfil de aluno, como o citado pela Mara, por mim e com certeza pela maioria de colegas, a escola deva estar parada no tempo. Mas a realidade é outra. Mesmo sendo uma escola preparada no seu espaço físico, ela deve conter outros amparos. E são esses que estão faltando! Quais? Não sabemos ainda. Mas algo não está se encaixando com o aluno, com a sociedade que temos hoje.
Por que não mostram e perguntam para um aluno que tem seus pais na prisão, ou com AIDS ou qualquer outra coisa mais ou menos parecida, o que ele faz nas suas tardes? Talvez o dia que essa realidade for tratada e mostrada com mais seriedade a educação possa modificar, as inclusões serão consideradas diferentes.

sábado, 18 de abril de 2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Curso de Licenciatura em Pedagogia:
Modalidade a Distância
Pólo Gravataí
Eixo VI
E-mail: bialeal8@hotmail.com

Disciplina: Questões Étnico Raciais na Educação: Sociologia e História
Professor: Fernando Seffner
Nome: Beatriz Leal Lopes
Data: 18/04/2009


Atividade
a) Elaborar um mosaico étnico-racial em conjunto com seus alunos. Vocês podem utilizar diferentes recursos visuais, como desenhos, pinturas, colagens, fotografias... Faça um grande painel e estimule outros colegas a participar desta atividade, montando uma linda exposição na escola.
b) Após a elaboração do mosaico, discutir com seus colegas através do Fórum as impressões e reflexões suscitadas.
c) Elabore um texto com suas descobertas

Como eu estou na vice-direção no turno da manhã e no turno da tarde como substituta, apesar de trabalhar com turmas de 1° ano a 8ª série, é difícil realizar algumas atividades propostas pelo PEAD. Já tivemos alguns momentos assim em que as dificuldades eram muitas. Numa escola de mais de mil alunos, com uma equipe de professores muito grande, fica mais difícil a colaboração, pois existe de certa forma planejamentos, cronogramas, dos quais os professores acham complicado sair. Eu já pensei num outro modo, mas não encontro. E apesar de o professor dizer que posso fazer com outra colega, de que forma poderia participar? Não disponibilizo de tempo para sair da minha escola e ir à escola de outra colega. Embora saibamos da importância de trabalharmos diretamente com o aluno, até chegarmos ao estágio podemos passar vários setores da escola. E acredito que não podemos ficar prejudicadas, o importante é que aprendamos o que nos for transmitido para que possamos interagir quando estivermos com os nossos alunos.
Porém na minha família, bem como na minha escola há uma diversidade grande. Na minha família existem origens indígena, alemã, poolonesa e italiana. E na escola podemos perceber quando ao conversarmos com os alunos no início do ano sobre a família.
Pensar nas origens é nos remetermos aos nossos ancestrais. Não existiríamos sem os ancestrais. E por muitas gerações as diferenças vão surgindo a medida que outras origens vão entrando nas famílias.
Na escola várias etnias são reconhecidas. E para nossa felicidade são respeitas, dentro das suas características como a linguagem, o modo de vestir. Numa determinada época tive um aluno cigano. Ele tinha a sua maneira ímpar de vestir. A princípio todos achavam estranho, depois acostumaram, assim como ele foi modificando o seu modo de vestir.
A minha escola tem um comprometimento considerável no que diz respeito a respeitar as várias etnias através de um trabalho pedagógico das diversidades raciais. Lembro que na última copa do mundo, foi realizado um trabalho no qual todas as turmas da escola apresentaram as diversas culturas dos países com seus usos e costumes.
Foi um trabalho muito lindo e pudemos mostrar a beleza ímpar de cada cultura. Trabalhamos todos so anos e fazemos exposição da cultura afro-brasileira. No momento estamis em formação para enfatizarmos a cultura indígena. e assim que eu tiver mais material exporei no meu portfólio.