Hoje levei um aluno no SETRAUMA, pois o mesmo machucou o dedo jogando bola. Óbvio que fiquei mais ou menos duas esperando até sermos atendidos. Havia uma televisão bem no alto da parede, e comecei a olhar. Chamou-me a atenção a apresentadora estar com os olhos marejados d’agua e um homem que falava e gesticulava muito. Não conseguia ouvir absolutamente nada, pois o volume estava desligado. Fiquei prestando atenção para poder entender do quer se tratava. Lia as frases que passavam no rodapé da TV, lia os lábios dos participantes e consegui entender pelo menos que se tratava de um pai que está lutando contra as drogas. Ou seja, seu filho entrou nesse mundo e ele corajosamente resolveu lutar contra esse mal, de todas as maneiras possíveis, inclusive divulgando na mídia sem se preocupar com o que todos pensariam. Bom mas além da reportagem o que me peguei pensando de repente, foi no PEAD. Fiquei pensando como os locais públicos não estão preparados, e nem se preocupam com as pessoas com necessidades especiais. Pois eu tive que fazer um esforço sobrenatural para poder entender o que se passava na TV. E com certeza esse fato deve acontecer com muitas pessoas. Pois a própria TV não passa legendas para os surdos poderem ler. Mas por outro lado também foi interessante como tive que aguçar os outros sentidos. Às vezes estamos tão acostumados a ter tudo que não valorizamos como devíamos todas as nossas capacidades. E como sempre disse, continuo a pensar e repito: As aprendizagens que obtemos no PEAD muitas vezes não conseguimos identificá-las no momento em que praticamos, mas em muitas situações que virão daqui por diante. Por isso digo que o PEAD está impregnado, pois em qualquer lugar, momento que estiver com certeza as aprendizagens que tivemos até o momento aparecerão de alguma forma.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
DIFICULDADES DA MODALIDADE EJA
Nota-se que uma das maiores dificuldades dos professores de ensinar é a de lidar com a motivação dos alunos de EJA, e acredito que parte dessa dificuldade talvez aconteça por falta de credibilidade dos próprios professores de EJA encontram nessa modalidade. Pois alguns tratam os alunos sem avaliarem que há a necessidade de uma sensibilização de sua parte para entenderem que aqueles que ali estão, vieram em busca ampliarem sua capacitação para o mercado de trabalho.
E eles estão ali são justamente aqueles que já encontram dificuldades maiores, por serem das camadas mais pobres, enfrentando dificuldades de transporte, de tempo suficientemente adequado para que possam dedicar-se aos estudos.
Além do cansaço físico de terem passado um dia inteiro muitas vezes em trabalhos extremamente pesado, por isso a maior dificuldade de se depararem com colegas que vão para a EJA com objetivos muito diferentes. Pois a característica da modalidade tem demonstrado que há algum tempo a clientela era aquela que deixara de estudar para trabalhar e voltava pela necessidade que sente. Hoje a maior característica, embora não a única, é a de alunos que por vários motivos, estão saindo do turno diurno para o noturno. E dependendo da justificativa de cada um, percebe-se que a maioria está obrigada pela família, até que completem a maioridade. Enquanto esse tempo, vão além de, atrapalhando seu próprio rendimento, o rendimento de quem realmente quer estar ali.
Não podemos esquecer também das dificuldades que os profissionais encontram com o mínimo de condições para atender uma clientela tão especial nas suas necessidades, condições que vão desde material didático quanto humano. Ou seja, o despreparo para alfabetizarem adultos. O que se torna um grande desafio para empregar o mínimo de um bom desempenho.
Os próprios profissionais encontram dilemas na forma de escolarizar esses jovens e adultos. Não possuem a certeza da forma correta a aplicarem nessa modalidade. Pois ainda existem muitas dúvidas se basta apenas estar na profissão para escolarizar, ou se tem realmente há a necessidade de realizarem cursos capacitadores para que possam enfrentar os desafios metodológicos que se apresentam nas nossas salas de aula atualmente, e de acordo com a sociedade que temos hoje.
E eles estão ali são justamente aqueles que já encontram dificuldades maiores, por serem das camadas mais pobres, enfrentando dificuldades de transporte, de tempo suficientemente adequado para que possam dedicar-se aos estudos.
Além do cansaço físico de terem passado um dia inteiro muitas vezes em trabalhos extremamente pesado, por isso a maior dificuldade de se depararem com colegas que vão para a EJA com objetivos muito diferentes. Pois a característica da modalidade tem demonstrado que há algum tempo a clientela era aquela que deixara de estudar para trabalhar e voltava pela necessidade que sente. Hoje a maior característica, embora não a única, é a de alunos que por vários motivos, estão saindo do turno diurno para o noturno. E dependendo da justificativa de cada um, percebe-se que a maioria está obrigada pela família, até que completem a maioridade. Enquanto esse tempo, vão além de, atrapalhando seu próprio rendimento, o rendimento de quem realmente quer estar ali.
Não podemos esquecer também das dificuldades que os profissionais encontram com o mínimo de condições para atender uma clientela tão especial nas suas necessidades, condições que vão desde material didático quanto humano. Ou seja, o despreparo para alfabetizarem adultos. O que se torna um grande desafio para empregar o mínimo de um bom desempenho.
Os próprios profissionais encontram dilemas na forma de escolarizar esses jovens e adultos. Não possuem a certeza da forma correta a aplicarem nessa modalidade. Pois ainda existem muitas dúvidas se basta apenas estar na profissão para escolarizar, ou se tem realmente há a necessidade de realizarem cursos capacitadores para que possam enfrentar os desafios metodológicos que se apresentam nas nossas salas de aula atualmente, e de acordo com a sociedade que temos hoje.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Pais e alunos apavorados
Na última quinta-feira, foi a entrega dos pareceres do II trimestre aos pais e alunos, que ao receberem pareciam levar um susto como se jamais esperassem os resultados. Fiquei muito triste em alguns momentos em ver aqueles alunos que passamos o tempo inteiro alertando-os sobre as suas defasagens, sobre suas necessidades, chorando, desesperados ao se depararem com os resultados finais obtidos.
Pergunto-me aonde é que nós, professores estamos errando? Ou será que não somos nós? Existe um culpado? Quem? Estou muito angustiada, porque por vezes penso que o professor teria que mudar suas estratégias, mas qual incentivo ele vê para tantas mudanças, tantos esforços? E o aluno, por que ele tem que mudar se não vê perspectiva dentro de uma sociedade cada vez mais capitalista, mas que de alguma forma abstrai do indivíduo a chance de ter uma vida mais digna?
O Plano Municipal de Educação está sendo revisto, novas mudanças deverão acontecer para uma Educação com maior qualidade. Mas o que deverá mudar afinal, para que aconteça essa verdadeira mudança? E que mudanças deverão acontecer?
Esses são questionamentos que venho me fazendo ultimamente diante de tantas dificuldades que os educadores e educandos estão enfrentando. E confesso que sem respostas.
Pergunto-me aonde é que nós, professores estamos errando? Ou será que não somos nós? Existe um culpado? Quem? Estou muito angustiada, porque por vezes penso que o professor teria que mudar suas estratégias, mas qual incentivo ele vê para tantas mudanças, tantos esforços? E o aluno, por que ele tem que mudar se não vê perspectiva dentro de uma sociedade cada vez mais capitalista, mas que de alguma forma abstrai do indivíduo a chance de ter uma vida mais digna?
O Plano Municipal de Educação está sendo revisto, novas mudanças deverão acontecer para uma Educação com maior qualidade. Mas o que deverá mudar afinal, para que aconteça essa verdadeira mudança? E que mudanças deverão acontecer?
Esses são questionamentos que venho me fazendo ultimamente diante de tantas dificuldades que os educadores e educandos estão enfrentando. E confesso que sem respostas.
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