2010 ! Estamos chegando ao final!

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domingo, 21 de junho de 2009

Reflexão

Hoje é um desses dias em que me pergunto se tudo o que fazemos vale a pena. E por que temos que correr tanto atrás do trabalho, da saúde, da felicidade, da vida enfim? Por que não pode ser tudo tão mais simples. Fiquei sabendo de uma notícia tão triste sobre um amigo, por isso essas dúvidas me assolam de vez em quando. Será que vale a pena tanto sacrifício durante a vida, pois se muitas vezes nem podemos aproveitar do jeito que gostaríamos? Eu sempre disse que o que mais desejo na minha vida atualmente é ter muita saúde para poder concluir minha missão com dignidade. Mais um final de semestre está se aproximando. Estou preocupada,ansiosa como se fosse o primeiro. Quando isso vai passar?

domingo, 14 de junho de 2009

Refletindo "A Escola da Ponte"


Quero refletir sobre a Escola da Ponte, no que diz respeito as condições e hábitos que nós brasileiros temos sobre as escolas. abaixo segue um trecho do comentário da colega Adriana, sobre a Escola da Ponte, da qual o ex-diretor se encontrava aqui no nosso município, e fez relato sobre a mesma.

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O professor José Pacheco fez um breve relato do histórico da Escola da Ponte, onde o insucesso dos alunos era grande, os alunos não aprendiam, a maioria tinha entre 14 e 15 anos e os adolescentes batiam nos professores.Atualmente a Escola da Ponte é uma referência de qualidade e valorização do conhecimento. O professor fez provocações aos professores dizendo:-Na Escola da Ponte os pais dirigem a escola, não têm turmas, não tem aula, não tem grade curricular... A Escola é lugar de trabalho, é um lugar onde se aprende, têm regras, direitos e deveres. Não há nada nas salas de aulas que seja realizado pelos professores. Todos os cartazes são realizados pelos alunos.Criança faz perguntas! A partir das perguntas das crianças elaboramos projetos de aprendizagem e os grupos são formados pelo interesse no assunto.Quando a criança faz perguntas o professor responde:-O que tu achas? A criança sempre tem uma hipótese para sua dúvida.A afetividade e a heterogeneidade são questões primordiais no grupo de trabalho. Eu aprendo com quem sabe outras coisas. No grupo sempre há um aluno que necessite maior atenção dos professores por apresentar alguma deficiência. As condições para o professor dar aulas são nunca estar sozinho, a aula não deve ser solitária e sim solidária! Não existe professor único para cada turma, existe um grupo de professores que mediam conhecimento a um grupo de alunos que escolhem o que vão aprender. "

Porém me pergunto, se estaríamos preparados para esse tipo de escola aqui no Brasil, onde em muitas das cidades brasileiras, o próprio professor tem de dar conta da sua condução, da manutenção da escola em que trabalha para poder dar pelo menos uma aula digna a quem deseja aprender? Antes o insucesso era visível, com alunos que não aprendiam, batiam nos professores, etc. e tal. E atualmente é uma referência de qualidade e valorização. Mas como chegaram aqui desta forma? O que fizeram para haver essa mudança? Precisamos saber. Todos nós, professores, estudantes, mantenedoras, autoridades, enfim todos relacionados à Educação desse país! Para se chegar a uma Escola da Ponte, deverá haver uma compreensão dos valores por parte tanto dos pais, quanto dos estudantes e dos próprios professores. Pois com certeza haveria muita confusão nos papéis. Num simples conselho de classe nas nossas escolas regulares e atuais, já são criadas problematizações, que infelizmente não levam a um entendimento, mas a um confronto, onde nenhuma das partes aceita e consegue entender! Que dirá uma escola onde os professores não dêem as respostas aos alunos! Com certeza os pais alegarão que o professor não quer trabalhar que a obrigação dele é ensinar, que está se negando a dar resposta para seu filhinho... E vice-versa também os professores não aceitam que seus estudantes aprendam apenas o que acham interessantes ou sintam necessidade. Como fazer isso, se acima deles há uma hierarquia cobrando um conteúdo, um currículo, avaliação... Como controlar faltas? Como deixar que o aluno pense por si só, e venha para a aula que ele desejar? E como ficam os vales que a família recebe para que seu filho esteja na escola? Acho que é uma pena, mas tantos vales de graça para as famílias manterem seus filhos na escola, não vem ajudando. Pelo contrário, vem obrigados, e por estarem na escola por obrigação não realizam seu papel de estudante, e por sua vez o professor já está as últimas, pois não agüenta mais alunos que não querem nada com nada. É uma bola de neve que cresce a cada dia. Penso que educadores e educandos estão passando por uma dificuldade de entendimento do que seja a verdadeira escola, a verdadeira Educação. A sociedade está se perdendo, perdendo seus valores. E num mundo de tanta tecnologia, tanta pobreza ao mesmo tempo. a tecnologia não combina com a realidade de noss9s estudantes. E por mais que se diga que estamos preparando nossas crianças para o futuro, sabemos bem lá no fundo que muitos deles não chegarão neste futuro do qual falamos ou pensamos. Com tantas dificuldades nossos estudantes de hoje serão como nossos antepassados que chegaram à sua maioria no ensino fundamental. a\ diferença é que eles talvez façam o ensino médio, mas que quando precisarem realmente, teriam que ter no mínimo o ensino superior. Então me pergunto como preparar escolas, professores, pais, estudantes e as nossas autoridades para uma escola do futuro melhor? Talvez parecida com a Escola da Ponte? A criança até tem seus questionamentos, mas a questão é: O adulto tem resposta para esses questionamentos?

domingo, 7 de junho de 2009

PARA REFLETIR

Li uma reportagem com o seguinte título: "No final do dia o professor está arrasado." Por quê? Segundo a entrevistada, é uma coisa que sempre gostou de fazer, mesmo que dissessem que não valia a pena, que ganhava pouco... Ela gostava de dar aulas. E gosta ainda! O problema é que estão acontecendo coisas violentas nas escolas hoje em dia. Mas prefere acreditar que é passageiro que alguém vai dar jeito! Será? Há tempos havia muito respeito muito grande pelo professor, hoje parece ter se perdido. Cada vez mais os pais delegam suas funções para a escola. Mesmo que antigamente as crianças não viessem prontas para a sala de aula, pelo menos vinham com o mínimo de respeito. Hoje parece estar com a escola o papel de ensinar as palavras mágicas como “por favor”, “com licença”, “muito obrigada”. Muitos pais acham que é obrigação do professor essa educação. Afinal, os pais trabalham tanto e ficam tanto tempo longe dos filhos? E os professores ficam muito mais tempo com eles, quatro horas! Muito mais do que algumas famílias se reúnem por dia. E daí onde ficam essas crianças no resto do dia, sem os pais ou responsáveis por elas? Já que os mesmos estão trabalhando tanto! Mas e os filhos de pais que não trabalham? São educados? Onde se perdeu então o respeito pelo professor? Os professores estão estressados, pensando até em desistir. Tem medo de enfrentar alguns alunos que enfrentam o professor sem medo, chegam mesmo a bater nos professores. Acham que não? Pois na semana passada, fiquei sabendo de uma colega que levou um tapa no rosto de um aluno de apenas oito anos. O que fazer neste momento? Bater? Claro que não. E o restante da turma, como reagiu com a situação? Está muito difícil Os professores sentem medo até de dizer não para os alunos, que podem enfrentar com agressões verbais, das quais a professora muitas das vezes não tem e nem tem como poder responder. Uma das coisas que estão acontecendo é que as comunidades estão se misturando. Numa escola onde os alunos são sempre os mesmos, desde o primeiro ano até o final do ensino fundamental, mesmo que apresentem problemas, há uma ligação forte entre aluno e escola. Há uma afetividade da qual talvez não se explique. Como pais e filhos que brigam mas sabem do amor um pelo outro. E percebi que com a entrada de alunos de comunidades diferentes os problemas aumentaram muito. E nessa reportagem pude perceber isso na fala da professora e concordo plenamente. Percebi essa diferença na minha escola também. E os problemas que tivemos neste ano, ou já no ano anterior foram e estão sendo com alunos que chegaram agora na escola. E que já vieram de outras escolas cheios de problemas, e não conseguem perceber a acolhida, a afetuosidade que a escola atual lhes quer transmitir. Os alunos estão fechados. E por mais que se tente, parecem resistir a novas mudanças. Fala-se tanto em educação com qualidade. Mas como conseguir essa qualidade, se alunos não respeitam mais seus educadores, e educadores chegam no final do dia de uma jornada de trabalho tão desesperados!